quarta-feira, outubro 17, 2007

Constituição da República — A palavra ao presidente do Conselho Nacional do PSD [1]

João Bosco Mota Amaral, presidente eleito do Conselho Nacional do PSD, falou em nome do partido na comemoração do 30.º aniversário da Constituição da República Portuguesa, que ocorreu no dia 5 de Abril de 2006. Eis alguns extractos da sua intervenção na Assembleia da República:




"O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Mota Amaral.

O Sr. Mota Amaral (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ªs Deputadas e Srs. Deputados: Detém hoje a Assembleia da República o normal andamento dos seus trabalhos para uma merecida comemoração do 30º aniversário da nossa Lei Fundamental. Em boa hora tomou V. Ex.ª, Sr. Presidente, a iniciativa de fazer no Parlamento uma tal comemoração. O Estado português não poderia deixar em branco uma data tão assinalável, e o Parlamento, detentor em exclusivo do poder constituinte, é o responsável natural por uma tal celebração.

Foi aqui mesmo, na Sala das sessões do Palácio de São Bento, que a Constituição foi discutida e aprovada em cada um dos seus preceitos. E esse intenso período de trabalho dos Deputados Constituintes, dos quais hoje já sobram bem poucos no Parlamento, fica registado como um dos acontecimentos de mais alta significação histórica nacional ocorridos dentro das paredes do nosso Hemiciclo centenário.




(…) Na Assembleia Constituinte veio a triunfar uma concepção personalista da organização da sociedade e do Estado, e para isso deram bom contributo, com a sua firme e fundamentada argumentação, os Deputados do então Partido Popular Democrático. Daí a ampla definição dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

(…) As sucessivas revisões constitucionais permitiram ir rejuvenescendo a nossa Lei Fundamental.

(…) Em 1989, escassos meses antes da queda do Muro de Berlim, foram eliminados os vestígios do colectivismo estatizante, alargando-se o espaço da livre empresa e da propriedade privada, nos moldes correntes na Comunidade Europeia em que já então nos inseríamos. Interrogo-me muitas vezes se Portugal não estaria hoje muito melhor, caso tão importante mudança tivesse sido feita muito antes…




(…) A Constituição de Abril continua, pois, a ser uma obra colectiva das forças políticas democráticas e o referencial do máximo consenso possível quanto à estrutura, funcionamento e objectivos do Estado.

O arco constitucional tem oscilado um pouco, ao longo do tempo. Mas a representatividade dos partidos que o compõem situa-se, desde o princípio, perto dos 90% da Assembleia com poderes constituintes, sempre acima de 80% do eleitorado votante.

É bom ter isso presente, para fortalecer a democracia e a unidade nacional, respeitar a liberdade de todos e evitar apropriações indevidas. Porque a Constituição não tem donos, nem tampouco o 25 de Abril, muito menos Portugal — é de todos os portugueses e de todas as portuguesas, cidadãos e cidadãs livres de um país livre!"

3 comentários :

Nuno disse...

A palavra ao presidente do Conselho Nacional do PSD, o criacionista João Bosco Mota Amaral, q votou no PE contra proibição de inclusão de textos criacionistas nos manuais de ciências das escolas. Pergunto-me se este senhor deve representar o PSD e Portugal no PE?

Anónimo disse...

Obrigado, pá, por colocares estas merdas . isto so vem dar razão ao Pimenta Machado - "o que hoje é verdade, amanhã é mentira" - ha gajos que deviam ter uma estatua no largo da sua terrinha, Pimenta é um deles - não te admires, o trapalhadas disse o que disse, com direito a palmas...amanhã, pode alegar que muita agua correu debaixo da ponte ...la se vai o efeito - O Miguel, isto é um País de habilidosos - então o que dizes do Alqueva - ontem, os alentejanos diziam que o Algarvio os queria matar á sede - ontem comparareceram todos - bom. se calhar foi para ver as pernas da Castelhana, os Alentejanos são danados para a brincadeira - força Miguel . arranja aí um album para as trapalhadas da São Caetano

Ze Bone

Anónimo disse...

..."Porque a Constituição não tem donos"...

É isso mesmo.

Só que os xuxas e os comunas (mercê do complexo de esquerda dos tugas) fizeram-na sua refém.

Só há um aspecto que me escapa: como é que os tugas, o povo mais invejoso que conheço, abraçou o complexo de esquerda com tantas ganas ?

Talvez pelo facto de, simultaneamente, serem dos povos mais ignorantes e estúpidos do hemisfério ocidental...

E com esta é que a cáfila xuxo-comuna vai conseguindo parasitar um povo na sua totalidade !