Ainda há muito pouco tempo, o Tribunal de Contas andou a lamber papel na Estradas de Portugal. Saem sempre umas conclusões assim a modos que esotéricas, em que até contratos do consulado Mexia aparecem atribuídos a gente que estacionou mais tarde na Estradas de Portugal. É certo que a auditoria dá umas manchetes no luminoso Sol, mas a vida continua depois sem sobressaltos de maior.
Há dias, Almerindo Marques foi nomeado presidente da Estradas de Portugal. Começou por dar uma olhadela às contas: 1800 funcionários tinham ao seu dispor 800 viaturas e dispunham de cartão de combustível sem plafond.
Pergunto:
Há dias, Almerindo Marques foi nomeado presidente da Estradas de Portugal. Começou por dar uma olhadela às contas: 1800 funcionários tinham ao seu dispor 800 viaturas e dispunham de cartão de combustível sem plafond.
Pergunto:
1. Que raio de metodologia adopta o Tribunal de Contas para passar longos meses numa empresa e nem sequer suspeitar de que, sob o seu desatento olhar, acontecem situações ("materialmente relevantes") como esta?
2. Tendo agora tido conhecimento desta situação através da comunicação social, vai o Tribunal de Contas actuar, sabendo-se que está em causa dinheiro dos contribuintes (e não conclusões prolixas mas inconsistentes)?
3. Será que o procurador-geral da República consegue que o presidente vitalício António Cluny suspenda por meia hora as suas actividades político-sindicais e obrigue os infractores a repor nos cofres do Estado o dinheiro assim desbaratado?
5 comentários :
Francamente Miguel Abrantes !
Deixe lá estar o Dr. António Cluny no sindicato que assim ao menos diverte-nos.
Cumprimentos
À pobre MP.Tão fracos homens (mulheres) para tão grandiosa obra. Perdoai-lhes SENHOR que eles (elas) não sabem o que andam a fazer.
Depois destas e outras noticias, chego á conclusão simples, que o país não merece estes funcionarios publicos judiciais,pelas piores razões.RUA COM ELES, ROUBAM OS NOSSOS IMPOSTOS e nada de digno fazem em favor da colectividade.
Ó Miguel, pá, tens que me fazer justiça - ando aqui há meses a escrever sobre o despsismo e abuso com as nossas viaturas, lembras-te - ate preconizei que os carros do estado e das empresas publicas tivessem matricula propria e identificadora - as viaturas devem ser limitadas, qualquer chefe de serviço de uma camara tem carro 24h por 365 dias, como pode ser?
Ze Boné
E a responsabilidade da anterior administração?
Às vezes a ignorância é uma bênção...
O semanário Sol publicou tal notícia, porque um dos administradores do sr. Almerindo foi o fundador do dito semanário...pura publicidade à nova administração e forma de ter o apoio de quem desconhece a realidade. E que tal uma notícia sobre o ordenado chorudo e regalias que esta administração tem, contrariamente à anterior? a EP não possui 800 veículos em funcionamento. É falso. Talvez 30% dos funcionários, no máximo, tenham viatura. O que não é exagerado, visto que entre chefias e veículos usados no desempenho das funções para as quais a EP é incumbida, temos já um bom número necessário. Não esquecer que há estradas e pontes neste país a ser construídas e reabilitadas, certo?
Claro que suponho que haja excessos dentro da EP, como há em qualquer empresa, pública ou privada. Há que saber distinguir o trigo do joio, como em tudo. Mas...e que tal começar por quem deve dar o exemplo? Porque é que um novo administrador não pode sentar o rabo num Audi onde outro administrador já o sentou?
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