As estatísticas são úteis por duas razões. Uns utilizam-nas para estudos, assumindo o retrato da realidade que o levantamento dos números permite. Outros assumem-nas como instrumento de política.
Dito de outro modo, para um político a publicação de estatísticas e a análise da sua evolução funciona como um tableau de bord (ou, numa versão mais moderna, como o balanced scorecard) para um gestor. Permite saber onde está, qual o efeito de políticas e que medidas se tornam urgentes.
O estudo que o INE ontem publicou sobre "risco de pobreza e a desigualdade na distribuição dos rendimentos" permite objectivamente concluir que:
Dito de outro modo, para um político a publicação de estatísticas e a análise da sua evolução funciona como um tableau de bord (ou, numa versão mais moderna, como o balanced scorecard) para um gestor. Permite saber onde está, qual o efeito de políticas e que medidas se tornam urgentes.
O estudo que o INE ontem publicou sobre "risco de pobreza e a desigualdade na distribuição dos rendimentos" permite objectivamente concluir que:
• Houve uma redução da taxa de pobreza para 18 por cento — era 19 por cento em 2005 e 20 por cento em 2004;
• O grupo com maior incidência de pobreza — idosos — foi aquele em que a taxa mais se reduziu — passa de 28 por cento em 2005 para 26 por cento em 2006;
• O impacte das transferências sociais (excluindo pensões) na redução da taxa de risco de pobreza mantém-se em sete pontos percentuais, sendo que, de 2004 para 2006, aumenta um ponto percentual o impacte das pensões.
Da análise para a política: os resultados são positivos, mas há muito a fazer. A sustentabilidade do sistema de segurança social é vital para reduzir o risco de pobreza em Portugal e assume-se que as novas medidas vão no bom sentido.
No caso do complemento social para idosos, a medida tem impacte e, conforme comprova o INE, incide exactamente no grupo mais atingido pela pobreza. Terá sido a percepção de que há muito a fazer que terá levado o Governo a alargar o âmbito dos beneficiários para abranger todos os que, com mais de 65 anos, cumpram os requisitos.
Quando alguns tanto falam de promessas por cumprir, convinha talvez reconhecer que o rendimento social de inserção é uma promessa que o Governo está a cumprir… apesar de toda a crítica dos que prefeririam a lógica da caridade.
No caso do complemento social para idosos, a medida tem impacte e, conforme comprova o INE, incide exactamente no grupo mais atingido pela pobreza. Terá sido a percepção de que há muito a fazer que terá levado o Governo a alargar o âmbito dos beneficiários para abranger todos os que, com mais de 65 anos, cumpram os requisitos.
Quando alguns tanto falam de promessas por cumprir, convinha talvez reconhecer que o rendimento social de inserção é uma promessa que o Governo está a cumprir… apesar de toda a crítica dos que prefeririam a lógica da caridade.
3 comentários :
Governo com grande sensiblidade social em que não há memoria outro igual.
Este governo terá o meu apoio, poruqe realmente é o melhor de sempre.
Desde manhã que tenho andado intrigado e com a diminuição da pobreza. Só podia ser pela bitola ter baixado, só podia ser isso.
Ao ler o Ladrões de Bicicletas fez-se luz:
«A explicação é puramente estatística. A taxa de pobreza é calculada através da contabilização de todos aqueles que vivem com menos do que 60% do rendimento mediano. Em 2006 este aumentou, segundo os dados do Eurostat, uns medíocres 1,7% , bem abaixo da taxa de inflação. Ora, se tivermos em conta que os aumentos de que os pensionistas beneficiaram - larga maioria da população normalmente contabilizada como vivendo na pobreza - foram, em 2006, à volta dos 3%, observamos que existiu uma convergência do rendimento dos pensionistas com o rendimento mediano nacional. Logo, é natural que a taxa de pobreza caia.»
Realmente aumento é calculada em relação ao rendimento que deminuiu.
com uns fuminhos me enganas, ó tolo?
que até tem graça, vir a esta hora de desgraça de um governo caloteiro e trapalhão de acordos, que me diz que a inflação do extinto ano era de 2,1%, por determinar o aumento dos salários, e se verifica que é de 2,9%, nos roubando e mentindo como faz há dez anos...
e vem lá agora o apaga-fogos de INE iludir-nos, mentira, este governo empobrece-nos e rouba os trabalhadores e suas famílias, como os oensionistas e velhos e assim toda a família...
que nem se entende como a "camara" ainda vai na cantiga!...
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