sexta-feira, março 07, 2008

Diz que é uma espécie de magazine




Parece que polícias (à paisana, embora se presuma que se tenham identificado) foram a três escolas saber quantos (e não quais) professores e quantos autocarros iriam a Lisboa no sábado.

Numa outra escola, o presidente do conselho directivo disse na TV que havia chamado a polícia devido a um incidente interno, tendo então o agente aproveitado a oportunidade para saciar a sua curiosidade.

Oportunidades destas não caem do céu todos os dias. A oposição e os sindicatos (passe o pleonasmo) viram neste episódio uma temível manobra de intimidação. Poderia ter sido visto como um sketch do Gato Fedorento gravado em Ourém (entre centenas de outras possibilidades).

Eu recomendo ao Governo que:

    1. Não se preocupe em assegurar que todos os manifestantes chegam a horas à manif.;
    2. Estenda o choque tecnológico às polícias;
    3. Faça ver às chefias e aos guardas (e, sobretudo, aos respectivos sindicatos) que as suas funções estão definidas na lei e em regulamentos;
    4. Mande acrescentar ao plano de curso da Escola Superior de Polícia uma cadeira de Introdução à Política;
    5. Retire das esquadras os aparelhos de televisão para que o pessoal não possa ser influenciado pelo Diz que é uma espécie de magazine.

PS — Aparentemente esquecido do que dissera a propósito de uma visita a um sindicato da Covilhã, Mário Nogueira, entrevistado na TV, pergunta por que os polícias, em lugar de se deslocarem às escolas, não foram à FRENPROF.

8 comentários :

james disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
james disse...

Foi uma boa saída dar um tom humorístico ao seu post, ainda que com alguns recados sérios e indirectos - à PSP e a Mário Nogueira, mas insuficientes, do meu ponto de vista.

Obviamente que não estamos perante qualquer manobra de intimidação por parte do Governo contra cidadãos, mas tanto o Director Nacional da Polícia, ainda por cima magistrado, como o próprio Ministro da Administração Interna, não saem nada bem deste filme!

Eu teria sido mais contundente!

Anónimo disse...

Eu acrescentaria mais: seriam mesmo agentes da polícia à paisana (curioso...) ou seriam "amigos" da Fenprof a fingir que eram polícias, para criar a confusão. É que o PCP/Fenprof utiliza todas as técnicas para "baralhar".

Anónimo disse...

Os sindicatos foram no passado a vnagurda da mudança hoje são os maiores travões às reformas que importa prosseguir...
Carlos

Anónimo disse...

Um governo ou um ministro que deixam a direcção do PSP (ou seja quem for o responsável) oferecer impunemente estes brindes à oposição (é difícil crer que se possa ser tão ingénuo que isto, e já repetido, possa ter sido feito de boa fé...) e que têm como única resposta mais um inquérito ou mais um regulamento, só merecem mesmo que a situação se repita.

Anónimo disse...

O mário? O tal da cgtp? o comunista bem da vida. Há anos que não dá aulas, vive à custa dos nossos impostos.
Os profs. são uma cambada de imbecis e oportunistas, cheira-lhes a trabalho exigente e vai disto vão à manif. do pcp, quando na sua maioria são de direita, com um fim de continuar a mamar na teta do estado e que se fod... a educação dos jovens.

O governo vai em frente e não pode ceder perante esta chantagem. O Presidente Kavako ausentou-se para dar mais força ao Governo. Como quem diz gritem pra aí sua corja de malandros.

Estavam habituados a nada fazer, 4 horas por dia, horarios de 0 a 2 horas e 400 contos por mes, 3 meses de ferias fora as ferias das festividades, isto é que era gamar.Dobrem a mola seus parasitas que vivem à sombra da maioria dos portugueses.Trabalhar é duro eu que o diga, foram 50 anos e aqui estou, mais fino do que qualquer um desses badamecos.

Um pai

Luis M. Jorge disse...

"seriam mesmo agentes da polícia à paisana (curioso...) ou seriam "amigos" da Fenprof a fingir que eram polícias, para criar a confusão. É que o PCP/Fenprof utiliza todas as técnicas para "baralhar""

héhéhé. As suas caixas de comentários são maravilhosas, Miguel.

Luis M. Jorge disse...

Noto que tem uma opinião diversa da de Vitalino Canas — esse achou as inquirições naturais.

De facto até há opiniões diferentes no PS.