domingo, março 30, 2008
A minha política é o trabalho
António Borges acusa, no Público de hoje, Manuel Pinho de ter cancelado, em 2005, os contratos com a Goldman Sachs, por se ter disponibilizado a “ajudar o PSD a ter uma oposição mais activa em relação ao Governo.” Pode ser que sim. Mas, para dissipar as dúvidas, por que não mostra Borges os contratos? E, se já haviam sido rescindidos os tais contratos, como poderia Manuel Pinho pressionar, em 2006, a Goldman Sachs a propósito da EDP, presidida por António Mexia, outro destacado vulto do Compromisso Portugal?
Borges é useiro e vezeiro nestas trapalhadas envolvendo a Goldman Sachs. Quando era primeiro-ministro, Santana Lopes denunciou que António Borges entrara pelo seu gabinete com o propósito de se oferecer para preparar a privatização da AdP - Águas de Portugal, dando a entender que este andaria na política para angariar negócios para a Goldman Sachs.
Esta alegada confusão entre negócios & política acabou mal: a Goldman Sachs prescindiu dos serviços de António Borges e, agora, o presidente da Assembleia Municipal de Alter do Chão anda por aí a ver se alguém repara nele.
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4 comentários :
Estes companheiros do PPD tem todos um perfil comum:
- Oportunistas, charlatões e uns fala baratos.
É com esta gente que o PPD quer ser governo. Pobres dos portugueses com tanto palhaço...
Obs: Espero não vir a ser processado.
Seguidismo fiscal
O líder do PSD não pára de surpreender. Agora vem propor o alinhamento dos nossos impostos com Espanha, esquecendo que, se o IVA espanhol é mais baixo (16%), já são mais elevados o IRS e o IRC...
"Esta alegada confusão entre negócios & política acabou mal."
Ainda bem que o PS nunca confunde as duas coisas.
EDP: António Mexia nega qualquer condicionamento por parte do Governo
Lisboa, 31 Mar (Lusa) - O presidente-executivo da EDP negou hoje que alguma vez a sua actuação à frente da eléctrica tenha sido condicionada pelo Governo e revelou que a maior operação financeira feita pela empresa nos últimos dois anos foi com a Goldman Sachs.
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"Desde que cheguei nunca me senti minimamente condicionado por qualquer accionista, nomeadamente, pelo Estado. Sou um dos presidentes que maior grau de liberdade teve à frente da EDP", afirmou António Mexia em declarações à Lusa numa reacção à entrevista de António Borges ao jornal "Público".
"Nunca fui condicionado em nada. A mera suposição de que poderá haver condicionamento é totalmente descabida", sublinhou.
O responsável lembrou também que a compra norte-americana Horizon Wind Energy - "a maior operação financeira da EDP nos últimos dois anos" - foi feita à Goldman Sachs.
Afirmou ainda que a Goldman Sachs "nunca me telefonou, nem me contactou" para trabalhar com a EDP, ao contrário do que fizeram outros bancos de investimento.
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