terça-feira, abril 08, 2008

Quatro dias depois do CC, o Público noticia e deixa o Palácio Ratton em estado de choque





O acórdão n.º 184/2008 do Tribunal Constitucional — como aqui se referiu — dá sopa, em praticamente toda a linha, às pretensões dos sindicatos de professores. Há uma única excepção, relativa a uma norma transitória, que foi considerada inconstitucional por uma pequeníssima margem dos juízes do Palácio Ratton.

Quanto ao resto, o acórdão destrói a tese oficial da FENPROF sobre o concurso para professor titular. Qualquer pessoa que leia o acórdão na íntegra percebe que o seu sentido consiste em “validar” o novo Estatuto da Carreira Docente.

Pois bem, de que forma é que o Público noticia este acórdão? Chamando à primeira página, com enorme destaque, a referida norma transitória que foi, por escassa margem, considerada inconstitucional.

Pior: na primeira página nada se diz quanto ao resto do acórdão, não se refere que o Tribunal Constitucional recusou várias outras supostas ou alegadas inconstitucionalidades, nem se dá minimamente a entender que o acórdão versava também sobre outras questões.

Ou seja, só se menciona, exclusivamente, a parte (marginal) em que o Tribunal considerou haver uma inconstitucionalidade e não se mencionam as diversas outras questões que considerou não violarem a Constituição. Apresenta-se como vitória judicial da FENPROF aquilo que foi uma derrota judicial de quase todos os argumentos que a FENPROF utilizou contra o concurso para professor titular.

Pior ainda: na manchete só se dá voz à FENPROF e às suas intenções, sem dar a versão do Ministério da Educação.

Isto é que é jornalismo sério? Não, isto é jornalismo enviesado, parcial e com intuitos políticos, que manipula a informação e escolhe cirurgicamente a versão dos factos que mais lhe convém, para passar uma ideia diferente da realidade; que não noticia aquilo que não serve os seus interesses; e que só dá destaque a uns protagonistas e não a outros (sendo que a FENPROF nem sequer era parte neste processo).

Será que os leitores que compram o Público (e mesmo aqueles que se aproveitam da sua distribuição gratuita nos supermercados Continente) não se sentem ludibriados por este “jornalismo” à margem dos mais elementares princípios deontológicos?

10 comentários :

Anónimo disse...

O JMF já nem disfarça ! Utiliza o Público, não para noticiar a realidade, mas para atingir determinados intentos políticos. O jornal SONAE é um autêntico instrumento de campanha nas mãos do JMF. E se, antes, ainda havia alguma preocupação (ténue) em mascarar este voluntarismo político sob a capa de "jornalismo", agora atingiu-se o despudor total. O Público já nem se preocupa em respeitar as regras básicas do jornalismo. A politiquice é feita de forma aberta, descarada e sem vergonha na cara.

Anónimo disse...

Total falta de pudor ....

Anónimo disse...

Ao que isto chegou !!!

Jeronimo disse...

Vejam tambem a edição de hoje, dia 9. Destaque de primeira página ? "Nova cedência do ministério", na simplificação do processo de avaliação, com efeit apenas neste primeiro ano. Na página 8, quase telegraficamente: 4ª providência cautelar chumbada e TODAS as escolas do distrito de Comibra vão avançar com a avaliação. Sintomático ...

Anónimo disse...

A SANTA-ALIANÇA

Folha de propaganda que une numa santa-aliança sectores politicos e empresariais,bem referenciados, como,sonae e comunistas/bloco, que ungidos no mesmo objectivo procuram combater o governo utilizando a mentira o boato e a falsidade.

Metodos que utiliza, que nos faz recuar algumas dezenas de anos, trazendo à memoria os negros tempos do, NAZISMO/COMUNISMO/FASCISMO.

FRANCISCO

Anónimo disse...

O PCP, FENPROF, MENEZES, perderam a batalha da AVALIAÇÃO.

Esses 3 grupos de interesses, CONDUZIRAM OS PROFESORES, para um beco sem saída, sem dignidade.

Dos profs, só lamento que se deixem, manipular e ser joguetes, nas mãos dessa tenebrosa gente, sem escrupulos.

Anónimo disse...

O Tribunal Constitucional é um tribunal de nomeação politica e , por esse facto, resolveram comprar automóveis de Luxo e Super Luxo para cada um dos "Juízes" ( de nomeação política ) .

Estes carros são utilizados pelos Juízes - num total de 13 Juízes - para todo o serviço, precisamente como acontece nas grandes Empresas.

1- O Presidente tem um BMW 740 D (129.245 € / 25.849 contos) ( o Belmiro de Azevedo tinha um automóvel da classe/série 7 da BMW, mas comprou-o com o seu próprio dinheiro)

2- O Vice-Presidente : BMW 530 D ( 72.664 € /14.533 contos)

3- Os restantes 11 Juízes têm BMW 320 D ( 42.145 € / 8.429 contos , cada )

Portanto, uma frota automóvel no valor de 665.504 €/ 133.101 contos ( muito mais de meio milhão de Euros?!!!)

É o único Tribunal Superior onde os Juízes têm direito a carro como parte da sua remuneração ( automóvel para uso pessoal).

A que propósito ?!!! Pura ostentação ?!!!

Ninguém se indigna ?!

É normal?

Quem é que autorizou este disparate ?

É possível?

Isto só na República da Bananas

Anónimo disse...

O post anterior cheira me a fenprof.

só um obtuso sectario toma uma posição destas.

já agora meu caro, por acaso os juízes?... dos países ditatoriais, repressivos e policiais, não andam em bons carros? claro que andam.

E já agora, gostava que me dissesse que carros conduzem... o zé povinho? De carroça e a pé. Só os da nomenclatura oligarquica é que tem carro, meu. ves muito curto. a tua mente não atinge longe.

Anónimo disse...

..."Pior ainda: na manchete só se dá voz à FENPROF e às suas intenções, sem dar a versão do Ministério da Educação"...

O jornal é do "tio" Belmiro e, muito provavelmente, ele está-se nas tintas para a vossa indignação bacoca.

Essa treta do contraditório fica muito bem em "justicês" ou "direitês" ou legislês"...

No jornal do "tio" Belmiro vocês não mandam "bitaites" !

Aliás, parece-me que sois todos licenciados em "bitaitês" !

Se quereis mandar, ide mandar em vossa casa ou no vosso periquito, isto é, se a vossa "legítima" vos autorizar !

Pacóvios...

Anónimo disse...

Já agora, porque não explica que cerca de 2.000 (dois mil) professores foram excluídos de forma ilegal desse concurso e que muitos dos que ficaram não teriam lugar se o Governo tivesse em atenão o aspecto que foi declarado anticonstitucional?

E a notícia da cedência em toda a linha do Governo (o acordo...) quando é aqui comentada?