O Expresso entrevista Passos Coelho esta semana. Uma envergonhada chamada de primeira página que contrasta com a da edição anterior, na qual sobressaía na capa uma imensa Ferreira Leite num hotel de charme.
Há uma ou outra resposta de Passos Coelho a que valerá a pena voltar. Hoje chamo a atenção para o que diz o candidato sobre o “caso Câncio”: “O PSD fez, nesse caso, uma tristíssima figura.”
Deve ser por ter feito “uma tristíssima figura” que Agostinho Branquinho foi agora escolhido para mandatário de Passos Coelho para o distrito do Porto.
ADENDA — No Público de 10 de Maio, Branquinho autocritica-se: “A opinião do meu partido nem sempre tem sido a minha, apesar de ter tido de a defender”. Bem vistas as coisas, mais uma “tristíssima figura”.
3 comentários :
As contradições e a demagogia fazem parte do historico PPD/PSD. Uma sem a outra não existem, completam-se na pratica diaria de todos eles. Não há excepções.
Branquinho como sabemos foi o mentor dos ataques a Cancio. Agora é mandatario e PC não sabe disso? Claro que sabe, como sempre assobia para o lado. Alias, esta pratica é apanagio dos fracos politicos.
Reconhecer um erro é politicamente correcto.
Ainda por cima, nem sequer o próprio Passos Coelho fez parte desse coro de pessoas que levantaram a falsa questão Câncio.
O Branquinho não agiu bem no caso Câncio. Passos Coelho quis salientar isso. Mas não significa que o Branquinho seja uma pessoa a abater.
Passos Coelho agiu duplamente bem:
- censurou a atitude do PSD no caso Câncio
- não tem medo de ter junto de si um homem de valor só porque ele não agiu bem numa certa situação.
Ninguém subscreve o brocardo "malus semper praesumitur malus". Não se presume que é sempre mau só porque uma vez foi mau.
A emenda (no caso, a autocrítica) do Agostinho Branquinho é, na verdade, melhor que o soneto.
Cumprimentos
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