Imagem retirada do site do Bloco de Esquerda
1. Manuela Ferreira Leite ainda não disse uma única palavra sobre o lock-out das empresas de transporte de mercadorias. Encarregou Jorge Costa, o braço de direito de Valentim Loureiro no Boavista, de fazer, em seu nome, umas declarações absolutamente vergonhosas.
2. O CDS-PP, sempre tão preocupado com a lei e a ordem, anda em parte incerta.
3. O PCP, que também se mantém em silêncio, lá mandou a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) desaprovar o lock-out: “Não é possível os patrões fazerem greve, é uma violação à Constituição da República e uma negação do direito ao trabalho que os motoristas devem denunciar”.
4. O BE é que está de corpo e alma com a “greve” dos patrões. Há três dias que relata emocionada e minuciosamente, no seu site, as peripécias das empresas transportadoras — essas que, no Chile, estiveram na linha da frente no derrube de Allende.
17 comentários :
Já leio este blogue há bastante tempo e até aprecio a linha editorial.
Mas julgo que é chegado o tempo de dizer algo sobre o governo.
Quando os tempos são duros é que se vê a fibra dos governantes.
O que está a acontecer com o pais sequestrado por bandos organizados e um governo acobardado pelas consequências politicas da sua acção, é inacreditável e inadmissivel.
Começam a chegar noticias de pessoas que não podem ir trabalhar por falta de combustivel, as filas nos supermercados e as prateleiras vazias, os prejuizos irrecuperáveis que estão a ser causados a algumas industrias (pequenas e grandes)...tudo isto está a acontecer em bola de neve e o que fazem as autoridades? nada. literalmente nada.
Estão a discutir feijões com as associações que não representam os bandos e, agora, parece que vão falar com pseudo-representantes dos terroristas.
Não se negoceira com terroristas nem sequestradores. Outros virão a seguir.
Estou impressionado e não me considero impressionável..se amanhã ou depois não existir uma acção firme...vamos ver algo impensável. o nosso pais a ruir.
Foi preciso este tempo todo para eu me arrepender de ter votado no Sócrates.
Miguel
Mais uma nota...esta falta de reacção do governo faz mais para descredibilizar a nossa democracia do que 20 negócios obscuros com o casino de Lisboa, 15 negócios com a Bragaparques e a compra de 5 submarinos adicionais.
Hoje, apetecia-me viver com um governo autoritário que corresse à bastonada e pontapé todos os que se julgam no direito de me retirar a minha liberdade.
Hoje, eu não serei o único de certeza.
parabens PS e parabens Socrates.
Miguel
Até sinto algum desconforto relativamente à greve das transportadoras rodoviárias, pois reconheço algum oportunismo na acção mas... que este governo (só) cretino está a precisar de uma lição, ai está, está...
Francisco Anacleto Louçã logo pela manhã:
"Espelho meu, espelho meu, há alguém mais populista do que eu?"
Existe uma posição oficial do pCP sobre o assunto. Está em http://www.pcp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=32087&Itemid=195
Seja como for é razoável o comentário aqui colocado. Sobre as posições do PSD e, sobretudo do CDS.
Sobre esta questão do aumento dos combustíveis o PCP até já fez 2 conferências de imprensa, uma na 6ª feira passada e outra esta 2ª feira; e ontem já emitiu mais um comunicado, mas como é um mau hábito os media nada dizem.
Mas o mais importante é que apresentou medidas concretas na Assembleia da República. Sugiro que as consultem se as quiserem conhecer com toda a profundidade:
1 - Projecto de Resolução n.º 339/X - Sobre preços dos combustíveis
http://www.pcp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=32056&Itemid=196
2 - Sobre a situação económica e social
http://www.pcp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=32084&Itemid=195
3 - Sobre a acção dos pequenos empresários do transporte de mercadorias
http://www.pcp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=32087&Itemid=195
Portanto Miguel, parece que os únicos que se portaram bem foram mesmo os comunistas: já o governo, esse, amochou.
Como dizia o saudoso Santana Lopes: "o senhor primeiro-ministro é forte com os fracos e fraco com os fortes".
José Sócrates vai sair por cima desta crise. Vai ocupar o centro. À direita será visto como alguém não totalmente irresponsável. À esquerda vai ser visto como alguém não totalmente insensível.
Do Blasfémias
Temos de concordar que tem razão! A dama de ferro enferrujou, o PP sempre tão cioso da ordem calou-se...O BE brina às revoluções, O PCP vê se crecse um cdinho. Só o Sócrates nos vale!
Portanto, Luís, que sugere que o Governo faça? Diga - que eu faço lá chegar o seu palpite.
Bem, noutras circunstâncias eu sugeriria que, com os seus bons auspicios, pusessem a polícia a fazer cumprir a lei impedindo o bloqueio. Mas como manifestamente o primeiro-ministro tem medo de ver confrontos desagradáveis na televisão (mesmo numa televisão tão obediente como a RTP), é melhor deixarmos a coisa como está.
O país já confirmou que o nosso governo, sempre tão vociferante com os "privilegiados" da classe média baixa, mete o rabo entre as pernas perante os patrões da camionagem (e como era excelente que fosse só com esses).
Daqui até às eleições faltam apenas quinze meses. Não mace as suas connections, Miguel: nessa altura resolveremos o problema.
Nesta crise dos transportes, quando muitos pediam até medidas contra o normal funcionamento da democracia e a intervenção sobre a Galp, ou a pura e simples renacionalização...
A estratégia conduzida pelo governo, a enorme paciência de que deu mostras, a racionalidade das suas propostas, e sobretudo, o facto de que não teve que recorrer a medidas extremas ou à repressão policial tão amplamente sonhada e pedida por muitos sectores, permitiu uma assinalável, uma enorme vitória que vai constituir um marco na governação com valores e com sensibilidade social.
Foi a vitória da democracia sobre a arruaça.
Tudo ao contrário do desejo dos que, repetidamente, sonharam com escorregadelas repressivas e ou soluções fáceis ao nível da desorçamentação das Contas Públicas e do abandono dos princípios de gestão da coisa pública.
Foi a salvaguarda dos esforços dos portugueses para manterem uma linha de rumo racional.
Finalmente foi gigantesco o contributo que estas actitudes deram para a definição de medidas sociais na Europa e, vejam lá, para o ganho do Sim na Irlanda: É que as imagens da repressão violenta quer em França, quer em Espanha, desgastam a confiança nesta Europa que todos os dias se constroi. Hoje, na Irlanda com o Tratado de Lisboa. Era bom que ganhasse o Sim e o Não fosse derrotado, lá como cá, por KO
Terminaram os sonhos dos que ansiavam ver o PS deitar fora os votos juntamente com cargas policiais!
Foi preciso uma gaffe do Presidente, um morto, falta generarizada de combustíveis, apredejamento e porrada a rodos para falares disto...
O desespero (faltam 15 meses...) fala tão alto.
Muita gente, incluindo muitos liberais, tem defendido a redução do imposto sobre produtos petrolíferos para compensar o aumento do preço da gasolina. O problema dessa solução é que uma coisa não tem nada a ver com a outra. O ISP justifica-se como uma forma de cobrar pelo uso de infraestruturas públicas e é uma receita do Estado, tal como o IRS é uma receita do Estado. . Logo, a discussão sobre se o ISP deve subir ou descer é independente do preço dos combustíveis. Quem defende a descida do ISP deve explicar porque é que o ISP está muito alto, e já agora quem é que vai pagar a receita que o Estado vai perder. Baixar o ISP para compensar a subida dos combustíveis é de facto um subsídio dos contribuintes em geral aos automobilistas. Ou não será assim?
MAS COMO SEMPRE O MAIS IMPORTANTE NÃO SE DISCTE ... ENTÃO NÃO HÁ RESPONSÁVEIS POLITICOS ? Onde pára a boa gestão politica de saber antecipar as decisões ?
Um ministro não tem, obviamente, que dispor de artes mágicas – mas é-lhe exigível que, pelo menos, tenha um mínimo de autoridade sobre as entidades tuteladas, um mínimo de capacidade para analisar problemas, um mínimo de qualificação para gerir crises, um mínimo de argúcia para antecipar soluções, um mínimo de prudência para prevenir cataclismos. Nesta caso a secretaria de estado dos transportes oq ue é que anda a fazer?
O Estado pode começar por compensar as receitas perdidas com uma baixa do ISP vendendo o seu património a um preço justo, o da avaliação, em vez de vender com desconto a empresas presididas por malta do PS.
Nisso nunca há preocupação em poupar.
Também pode poupar evitando arrendamentos de edifícios - como se o Estado Português não tivesse prédios e edificações suficientes para albergar os seus serviços!!! Ou não tivesse dinheiro para construir de raiz! Quem vai construir um TGV despesista e desnecessário nesta linguinha de terra, bem pode construir um edifício para albergar os tribunais em veze ir arrendar edifícios no Parque Expo!
O senhorio vai ficar a perder dinheiro? Não acredito.
Então porque é que o Estado vai entregar tal mais valia ao senhorio? Não tem o dever de poupar o dinheiro que é de todos os contribuintes?
E porque é que, sendo o combustível utilizado por todos, directa ou indirectamente (através dos reflexos nos preços das coisas que até os pobres compram...), só se atribuem regimes de excepção a alguns, aos armadores e às empresas de transportes?
Teremos nós, todos os cidadãos, de suportar as compensações que o Estado terá de conceder às concessionárias das auto-estradas para as borlas aos camiões?
Só há benesses para quem protesta? Os outros não são afectados pela subida do combustível?
Não era mais justo e igualitário baixar o ISP, mesmo para aqueles que não têm carro e não usam transportes públicos sequer? Mas consomem produtos que são transportados por veículos?
Não é preferível manter o consumo, aumentar a famigerada "confiança" do consumidor, e baixar o ISP, ao invés de o manter e criar uma anomia total da sociedade?
O do post anterior por caso conheces alguma empresa presidida por algum SOCIALISTA? Se sabes diz lá qual é para o pessoal saber
Conheço: a Mota Engil.
A Mota Engil não conta...
E porque será ?...
Porque o "Coelhone" só lá está para o lobby... e há muito pouco tempo...
Porém, como vocês, não "pescam" nada disto, "moi" vai atirar-vos um osso: Henrique Neto.
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