sábado, julho 05, 2008

Cooperação estratégica [1]



O PCP sempre gostou de abaixo-assinados. A PIDE sempre se deu bem com esta forma de luta, porque o trabalhinho que devia fazer aparecia feito. Uma tradição caída em desuso que se retoma.

Aos poucos, aí os temos de novo a recolher assinaturas. Enquanto Manuela Ferreira esperneia contra os investimentos públicos, o PCP faz o trabalho de sapa: uma petição contra a construção de um novo aeroporto. Como quem ensina a Pacheco & Associados: — Meus caros, menos palavras e mais actos!

6 comentários :

Anónimo disse...

Para mim comunismo foi o irmão "rico" do fascismo. A simbiose é perfeita.
Ora vejam:
- Falta de liberdades;
- Repressão;
- Prisões politicas;
- Bufos;
- Jovens fardados; (mocidade/pioneiros)
- Justiça politica;
- Negação dos direitos humanos;
- Policia politica;
- Os partidos é que determinam a vida das pessoas.

Anónimo disse...

Até tu SARAMAGO me estais a trair?
Quando as pessoas atingem certo patamar de lucidez, fogem a sete varas do comunismo.

Realmente só os loucos fundamentalistas estão com os sousas/louças.

MFerrer disse...

Quem considera um desperdício de dinheiros públicos uma "Conferência sobre alterações climáticas e segurança energética", tem alguma moral para espernear contra aeroportos?Barragens?
Ninhos de empresas?
Quem apoia as FARC pode ter palavra sobre a nosa vidapresente e futura?
Os cavalheiros ou fazem auto-crítica total, ou fazem um Hara-Kihri compulsivo!
Que apresentem um caminho, uma proposta de desenvolvimento que não seja o regresso à Albânia do Ocidente, ou que se calem por outros 30 anos.
Estou pronto a retirar-lhes o alvará! O produto que querem vender está fora de prazo!
MFerrer

Anónimo disse...

Atenção, muita atenção, porque esta cambada -peço desculpa mas não os consigo tratar de outra forma - anda mesmo a nível local a angariar identidades dos descontentes, para casos tão simples como a mudança de itinerários da Carris. Andaram, por exemplo, a faze-lo na freguesia de Benfica, em Lisboa... Aliás, esta colectividade "sacana" é a par das testemunhas de Jeová das mais activas. Coincidências?

Anónimo disse...

Como xacais nada deixam por onde passam. Primeiro sugam-nos o sangue, a seguir coma abutres levam a carne e logo de seguida vem os XACAIS que limpam as ossadas.


É assim que funcionam os regimes onde o ser humano é um número.É um número que se apaga, como e quando querem, logo que discorde ou não aceite as regras opressoras. repressivas e autoritarias. Só lhe resta um caminho é ser APAGADO.

Anónimo disse...

É ASSIM COMO ELES ACTUAM.LEIAM ESTE RELATO VERDADEIRO.





Sábado, Julho 05, 2008
O mistério das jóias de Carmen Gonzales




“Em nome da República Socialista Federativa Soviética da Rússia, Serguei Kiriuchkin é condenado a 15 anos de prisão num estabelecimento de alta segurança, sem posterior exílio e sem confisco de bens... e Viatcheslav Chadriguin a 15 anos de prisão num estabelecimento de alta segurança, sem posterior exílio e sem confisco de bens”.
Estas pesadas penas, ditadas a 4 de Abril de 1978 pelo Tribunal Municipal de Moscovo, visavam castigar estes dois cidadãos soviéticos por vários crimes, tendo sido o principal o assassinato da cidadã portuguesa Carmen Gonzales.
Só muito recentemente se tornaram acessíveis os documentos relativos a esta investigação policial, porque, na altura, o processo foi secreto visto a vítima ser uma estrangeira parente do Embaixador de Portugal em Moscovo e um dos criminosos, no caso: Serguei Kiriuchin, ter sido um alto funcionário do KGB (polícia secreta soviética).
A polícia de Moscovo lançou os seus melhores homens para investigar o crime, porque o Comité Central do Partido Comunista da União Soviética exigia informações diárias, e rapidamente descobriram os seus autores.
Carmen Gonzales, conhecida nos círculos teatrais de Lisboa, trabalhava na redacção portuguesa da editora soviética “Progresso”, que traduzia e publicava em português revistas e jornais de propaganda política.
Foi aí que Carmen conheceu o organizador do seu próprio assassinato, Serguei Kiriuchkin, que falava português e trabalhava como redactor na Progresso. Kiriuchkin fizera uma carreira brilhante no KGB (Comité de Segurança do Estado), tendo chegado a oficial do aparelho central da omnipotente polícia soviética.
Porém, não foi mais longe devido a sérios problemas de alcoolismo. Neste caso ou quando um agente não revelava qualidades suficientes para trabalhar no KGB, o Comité arranjava-lhe um emprego onde ganharia meios para sobreviver ou se poderia emendar.
Na “Progresso”, Kiriuchkin, podia não só controlar a exactidão ideológica das traduções realizadas por especialistas portugueses, mas também acompanhar os movimentos destes.
“Na base do consumo sistemático de bebidas alcoólicas”, como reza a sentença, o antigo agente juntou-se ao desempregado Viatcheslav Chadiguin e ao deficiente mental A. Vitukhin para realizarem assaltos e roubos a fim de conseguir dinheiro para comprar vodka.
A primeira acção de Kiriuchkin foi o assalto à própria redacção portuguesa da “Progresso”, seguindo-se depois mais alguns roubos. Diz um provérbio russo que “a inveja levou o ladrão à perdição”.
“Em Julho de 1997, lê-se nos materiais de investigação, Kiriuchkin S.I. contou a Vitukhin e Chadiguin que a cidadã de Portugal, Carmen Porta Gonzales, nascida em 1922, que trabalhava com ele na mesma redacção, tinha um salário considerável e vivia sozinha”.