terça-feira, julho 29, 2008

Maioria absoluta

Como Eduardo Pitta sublinha, a arrogância atribuída ao PS é, afinal, algo exagerada: a maioria dos diplomas foi aprovada com votos favoráveis de outros partidos representados no Parlamento, em especial do PSD.

Pode então concluir-se que há um "bloco central"? O DN não faz a coisa por menos: «Existe de facto um 'bloco central' na aprovação parlamentar das leis oriundas do Governo. Os números são indesmentíveis. A maioria dos diplomas (30 em 55) obteve luz verde da bancada social-democrata. Segue-se o CDS-PP. À esquerda, o panorama é exactamente o oposto».

Aqui já parece haver precipitação por parte da jornalista que extrai esta conclusão. Com efeito, convém fazer uma análise mais fina para não se ser levado ao engano pelos números. Sem sequer procurar ser exaustivo, eis um conjunto de leis "estruturais" que foi votado só com os votos do PS, tendo os restantes partidos votado contra:
    • Reforma da Segurança Social (que Ferreira Leite agora elogia, mas queria que tivesse ido "mais longe");
    • Programa de Estabilidade e Crescimento;
    • Orçamentos do Estado;
    • Sistema de Avaliação de Desempenho na Administração Pública;
    • Lei da Mobilidade na Administração Pública;
    • Alteração da Contribuição dos Beneficiários da ADSE;
    • Regime Jurídico do Ensino Superior;
    • Vínculos, carreiras e remunerações;
    • Mapa judiciário.
Olhando para o que foi feito pelo PS desde 2005, poderiam ter sido tomadas estas medidas estruturais sem a existência da maioria absoluta?

2 comentários :

Anónimo disse...

não são também estes os diplomas mais estruturantes do PS, e que definem a sua legislatura? não é significativo o facto de terem sido aprovados exclusivamente com os votos do PS?

Anónimo disse...

PLANO PARA SALVAR PORTUGAL DA CRISE
... e o Sócrates tem um papel importante!!

Passo 1:
Trocamos a Madeira e os Açores pela Galiza, mas os espanhóis têm que
levar o Sócrates.

Passo 2:
Os galegos são boa onda, não dão chatices e ainda ficamos com o
dinheiro gerado pela Zara (é só a 3ª maior empresa de vestuário).
A indústria têxtil portuguesa é revitalizada. A Espanha fica
encurralada entre os Bascos e o Sócrates.

Passo 3:
Desesperados, os espanhois tentam devolver o Sócrates. A malta não aceita.

Passo 4:
Oferecem também o Pais Basco. A malta mantem-se firme e não aceita.

Passo 5:
A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência.
Cada vez mais desesperados, os espanhois devolvem-nos a Madeira
e os Açores e dão-nos ainda o Pais Basco e a Catalunha.
A contrapartida é termos que ficar com o Sócrates.
A malta arma-se em difícil mas aceita.

Passo 6:
Damos a independência ao País Basco.
A contrapartida é eles ficarem com o Sócrates.
A malta da Eta pensa que pode bem com ele e aceita sem hesitar.
Sem o Sócrates Portugal torna-se um paraíso e a Catalunha não causa problemas.

Passo 7:
Afinal a Eta não aguenta o Sócrates, e o País Basco pede para se
tornar território português. A malta faz-se difícil mas aceita (apesar
de estar lá o Sócrates).

Passo 8:
Fazemos um acordo com o Brasil. Eles enviam-nos o lixo e nós
mandamos-lhes o Sócrates.

Passo 9:
O Brasil pede para voltar a ser colónia portuguesa. A malta aceita e
manda o Sócrates para os Farilhões das Berlengas apesar das gaivotas
perderem as penas e as andorinhas do mar deixarem de por ovos.


Passo 10:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses Portugal torna-se
campeão do mundo de futebol!

Passo 11:
Os espanhóis ficam tão desmoralizados, que nem oferecem resistência
quando os mandamos para Marrocos.

Passo 12:
Unificamos finalmente a Península Ibérica sob a bandeira portuguesa.

Passo 13:
A dimensão extraordinária adquirida que une a Península e o Brasil,
torna-nos verdadeiros senhores do Atlântico. Colocamos portagens no
mar, principalmente para os barcos americanos, que são sujeitos a uma
sobretaxa tão elevada que nem o preço do petróleo os salva.

Passo 14:
Economicamente asfixiados eles tentam aterrorizar-nos com o Bin Laden,
mas a malta ameaça enviar-lhes o Sócrates e eles rendem-se
incondicionalmente. Está ultrapassada a crise!