terça-feira, agosto 12, 2008

O representante dos professores nos inquéritos de Verão




Para dissimular a falta de notícias na silly season, os jornais recorrem a expedientes vários. O Diário Económico, por exemplo, faz entrevistas diárias de fundo, como aquela em que deu corda a António Borges.

O Público faz um indigente inquérito de Verão, colocando questões que não lembrariam à Caras ou à Lux: "Qual é a sua ideia de felicidade?" "O que o faz sentir-se infeliz?" "Lê o seu e-mail nas férias?" "O que faria se ganhasse o Euromilhões?" "Quem mandava para Marte?"

Hoje, o contemplado é Mário Nogueira, o secretário-geral da Fenprof. A qualidade das respostas respeita escrupulosamente a qualidade das perguntas. Destaco apenas cinco questões:
    Obama ou McCain?
    Obama, mas só enquanto mal menor.

    Sócrates ou Ferreira Leite?
    Que venha o diabo e escolha… Aqui não há mal menor, são duas faces da mesma política. Prefiro uma verdadeira alternativa.

    O que sente quando lhe chega a casa uma carta das finanças?
    Que devo estar para ser (ainda mais) roubado.

    O PÚBLICO é um bom jornal?
    Já foi mais arrumadinho… mas consome-se sem azia.

    Qual é o político que mais admira, morto ou vivo?
    Álvaro Cunhal, enquanto político, intelectual e cidadão [resposta idêntica à dada por Jerónimo de Sousa].
Os professores portugueses revêem-se nestas posições do cidadão Mário Nogueira?

10 comentários :

james disse...

Deplorável.

Se fosse professor limpava as mãos à parede com um gajo assim a representar-me.

Anónimo disse...

Eu continuo a achar muito mais piada ao Miguel Abrantes. Consegue estar 10 minutos sem falar no Publico. O que parece mais notável que as prováveis medalhas de Ouro do Phelps.

Anónimo disse...

Julga ser roubado pelas Finanças. Aqui temos um cidadão exemplar que não encara os impostos como contribuições mas como um roubo.
E deve ser grande, o roubo, olhando para os vencimentos dos professores, muito mais elevados do que os dos comuns licenciados da Função Pública.
E este senhor, ao que sei, nem sequer dá aulas.
Um cidadão português ou um verdadeiro "artista" português?

Se os comunas tomassem conta do país, estávamos bem, estávamos...

Anónimo disse...

Quando um indivíduo confunde deveres de cidadania (impostos) com roubo, estamos conversados quanto ao seu carácter.

Quando um indivíduo ligado a um sindicato de um sector profissional específico coloca a hipótese, admite, organizar manifestações em plena campanha eleitoral, cumprindo directrizes partidárias, estamos conversados acerca da sua integridade e lealdade perante aqueles que alegadamente representa.

Anónimo disse...

Sinceramente, estou dividido !

Não consigo decidir a quem atribuir o 1º Prémio da Indigência Intelectual:

. À entrevista do Público ao Nogueira

ou

. A esta fabulosa "posta"...

Receio passar-me com esta indecisão ...

Anónimo disse...

Dois NESCIOS, o nogueiro e o "camarada" servil da folha oficial do belmiro.

Já agora, para dar mais um pouco de azia ao nogueira, aqui vai uma boa noticia do pais "maravilha".

Todo por una cerveza
Escrito por: Yoani Sanchez en Generación Y , Agosto,11,2008


Falta mucho para que llegue el momento de jubilarme (reformar-me); no obstante, he leído con detenimiento la propuesta de Ley de Seguridad Social que será discutida por el parlamento. Como muchos cubanos, decidí saltar sin red y ganarme la vida de manera freelance, pues la garantía de una futura pensión me resultaba muy lejana, comparada con los apremios económicos del presente.

Al mirar la nueva propuesta de subida de las pensiones, reparo en los simbólicos números que pretenden compensar el aumento –en cinco años– de la edad de jubilación. Leo, boquiabierta, que una educadora de preescolar que se jubile después de aplicada la nueva legislación sólo ganará treinta y cinco pesos más que otra que se pensione mañana mismo. Además de ver pospuesta la fecha de su merecido descanso, recibirá un risible aumento equivalente a 1.40 cuc.

Dicho con toda la crudeza que la situación merece: esta señora trabajará ahora cinco años más y eso le alcanzará, cuando finalmente deje su vínculo laboral, para tomarse una cerveza mensual. Tal vez a la educadora jubilada no le gusta el alcohol o su médico se lo haya prescrito, entonces podrá destinar esa “notable” subida en su renta para comprarse un tubo de pasta o un desodorante. Sería simpático y dramático a la vez si la hipotética señora se lanzara a la calle coreando la pregunta “¿Todo esto sólo para una cerveza?”.

Nota: quem necessitar de tradução que a pessam aos profs de espanhol.

Anónimo disse...

Como querem os professores que os tomem a sério, quando elegem um representante assim?

Anónimo disse...

Cada um tem o Governo que merece e não aquele que quer !

Eu mereço a srª Primeira Ministra SóCretina...

Sem dúvida devo ser uma pessoa horrível !

Anónimo disse...

...e, no entanto, ela move-se !

Também, com frequências feitas por fax, não se podia exigir melhor dirigente para a Fenprof...

Acho eu de que...

Anónimo disse...

O vagabundo-mor sindicalista dos vagabundos.

Edie Falco