quinta-feira, setembro 18, 2008

A declaração de interesses segue dentro de momentos

Sobre a entrevista de Morais Sarmento ao Expressoaquela em que o n.º 2 de Barroso se mostra disposto a substituir Ferreira Leite já em 2009, se a líder do PSD tiver um resultado eleitoral catastrófico, ou daqui a cinco anos, nas vésperas de novas eleições, se não se afundar entretanto —, Rita Marques Guedes escreve hoje no Diário Económico:
    “A entrevista de Nuno Morais Sarmento não pode ser lida pela lente habitual das formulações políticas. Quem o fizer está a enviesar um registo que tem outra amplitude e que por isso deverá ter outro relevo. A questão essencial não se prende com o facto de Sarmento se disponibilizar ou não para no futuro vir a assumir a liderança do PSD, nem com o que isso pode significar no actual estado da arte do partido. O que dali sobressai, e não pode deixar de causar impacto, é uma fortíssima marca humana de plena e desassombrada autenticidade, nas suas fraquezas e nas suas forças, mas acima de tudo numa manifestação de coragem e num inédito exemplo.”
Rita Marques Guedes tem todo o direito de fazer os panegíricos que entender. Não lhe ficaria mal, porém, ter escrito uma breve nota de rodapé a lembrar aos seus leitores que fora chefe de gabinete do ex-ministro Morais Sarmento.

9 comentários :

Anónimo disse...

Coitadinha da Ritinha despida desta forma na praça pública ....

Eugénia de Vasconcellos disse...

Creio que foi a Agustina Bessa Luís, na Quinta Essência, quem foi de facto corajosa ao apontar este tempo em que vivemos como a época de ouro do homem medíocre, aquela que o elevaria até onde, antes, seria exigida a excelência - e isto como consequência do princípio da homogeneidade.
Mas para simplificar, e tratar com alguma leveza, sempre podemos ficar com o MEC que já nos anos oitenta ironizava sobre o rasteiro "assumir" como pretexto e justificação para "desassombros e plenitudes" de grande "autenticidade", que mais não fazem que a apologia da menoridade.
Infelizmente, como "exemplo", temos pena!, mas não é "inédito". Ainda ainda assim, se não for muita maçada, aconselho vivamente a procura de outros referentes.

Anónimo disse...

Como se vergam estas canalhas à remota possibilidade de um tacho, na manta de retalhos em que se transformou o ppd.

aviador disse...

Declaração de interesses - o que é isso?

em que século estamos?

james disse...

A Ritinha, a Augustina e a Eugénia são mas é uma cambada de parvas!



Apesar de tudo prefiro a Maria Carrilho com o seu pendor para a Defesa!

Anónimo disse...

Mantenho o que tenho vindo a repetir aqui:
Tudo se prepara para que o lacaio do Grupo Bilderberg, Morais Sarnento, venha a substituir o lacaio Pinoquio quando este jà estiver esgotado.

Anónimo disse...

Pena que o Abrantes, quando publicou um post da Fernanda Palma, não tenha sido igualmente cuidadoso. Não lhe ficaria nada mal ter juntado uma "notinha de rodapé" final a dizer que a sra é casada com o MAI.
Mas isso, obviamente, seria pedir demasiado.

Eugénia de Vasconcellos disse...

Caro James,

Agradeço-lhe. Que alguém com sua craveira intelectual me considere parva é, garanto-lhe, um elogio. E sê-lo lado a lado com a Agustina é um prazer.

Quanto aos restantes elementos da "cambada"... paciência, o mundo não é perfeito - nem sempre se pode escolher a companhia.

Anónimo disse...

O "Código do Trabalho XUXA (= XULO)":

O código "expõe os trabalhadores a uma exploração sem limites", "legaliza o trabalho precário a troco de uma pequena penalização", "destrói a contratação colectiva", "liberaliza os horários" e "limita a liberdade sindical", afirmou.

Jerónimo de Sousa contou que quinta-feira, no Parlamento, "à boca pequena", um deputado social-democrata fez um "desabafo" quanto ao período experimental de seis meses previsto na legislação proposta pelo executivo de Sócrates: "Essa nem nós demos à CIP".

O líder comunista não disse quem era o dirigente e ex-responsável governamental do PSD que fez o "desabafo", mas o relato serviu para tentar provar que o PS "está mais à direita" do que o executivo PSD-CDS/PP, responsável pelo Código do Trabalho de 2003.