domingo, setembro 14, 2008

Leituras

Fernanda Palma escreve sobre Leis e intérpretes. Eis uma passagem:
    «Convido os leitores a consultarem, no site do Ministério da Justiça, o documento de monitorização da reforma penal, apresentado por uma equipa de investigadores. Há nele registos de depoimentos que revelam como alguns magistrados (espero que uma ínfima minoria) tiveram comportamentos que, a confirmarem-se, causam perplexidade.

    Num caso, um polícia diz: "Tive um interrogatório numa data em que o tribunal estava de turno e tivemos de estar à espera que chegasse o juiz. Entretanto o juiz chega e começa a falar com o procurador e começo a ouvir: ‘Mas que é isto? Para que é que esperam por mim? Podem libertá-lo logo! Agora só quem mata é preso!’."

    Conclui, desiludido, o polícia entrevistado: "E eu a ouvir isto com o arguido que tinha tido uma noite agitada: furtou tudo o que eram bombas de combustível e atropelou um polícia. Certamente que depois de ouvir isto, quando saiu foi fazer a mesma coisa até porque não tinha dinheiro para voltar para casa. Sabia que não ia ser preso."

    Noutros depoimentos, os polícias referem que não conseguem falar, de noite, com procuradores e que têm dúvidas quanto à orientação a seguir. Segundo dizem, para um crime com gravidade suficiente para se aplicar a prisão preventiva um procurador terá transmitido pelo telefone, às duas da manhã, a seguinte mensagem: "Libertem-no."»

13 comentários :

Anónimo disse...

A pergunta que deixo. Ainda estão ao serviço estes juizes e magistrados?

Se sim, os Orgãos Instucionais democraticos estão a ser coniventes com, a incompetencia e a ilegalidade democratica.
O caminho desta gente mediocre é a rua, com destino à cadeia.

Este comportamento faz-me recordar a aliança negra dos Mafiosos com certa justiça Italiano.Aqui será o mesmo?

Anónimo disse...

Cambada de madraços

Anónimo disse...

É compreensível. O amor é lindo. Afinal o que não faria uma esposa para ajudar o marido Ministro da Administração Interna? Love is in the air, everywhere I look around!

Anónimo disse...

Tem razão quem não aplica a prisão preventiva ou pode vir a ficar sem casa em virtude de um pedido de indemnização civil por decretar uma medida ilegal.
Veja-se o caso Paulo Pedroso, o Estado foi condenado a pagar 130.000 Euros. Com a lei actual quem teria de pagar essa quantia era o juiz.
Acham que alguém se arrisca a decretar uma medida para pagar 26.000 contos?...

Nuno disse...

O que este último comentador está a dizer é que o q a senhora escreveu é mentira? Se não é mentira diz mto da objectividade do comentário e da forma de estar do comentador! É o q eu chamo misturar a feira de Silves com o olho do cú!

Nuno disse...

Refiro-me ao comentador "Penso, logo "respublica" disse... "

Anónimo disse...

Quem diria que a Professora Fernanda Palma é esposa do Dr. Rui Pereira ( por sinal Ministro da Administração Interna e responsável pela Reforma do Código de Processo Penal)?
Uma opinião isenta sem dúvida.

Anónimo disse...

Comentador Nuno, recomendo-lhe objectividade é a ler aquilo que que escrevo (mesmo que não goste e não lhe caia bem, o que temos pena) e que o comentador anónimo depois de si, soube ler. Ou está a cunfundir a feira de Silves com o olho do cu e é mentira que a Professora Fernanda Palma seja casada com o Ministro Rui Pereira?

Anónimo disse...

Segundo foi noticiado houve interrogatórios este fim-de-semana a serem efectuados por magistrados até às 7 da manhã.
O texto fala de procuradores que atendem polícias às duas da manhã.
Um dos comentadores diz cambada de madraços. Esclarecedor...

Anónimo disse...

O relatório tem 103 páginas e a professora, mulher do ministro, foi arrancar dois comentários pouco abonatórios dos magistrados.
Quanto a tudo o mais que ali é dito, nem uma palavra.
Seria mais útil para os leitores do jornal que a ilustre professora os brindasse com uma análise objectiva e clara do relatório.
No entanto, entre essa opção e a de atacar os juízes - todos os juízes pois, apesar de dizer acreditar tratar-se de uma ínfima minoria, a autora do artigo bem sabe que para a opinião pública a mensagem que vai passar é que todos os juízes têm estes comportamentos -, o amor falou mais alto...

Por isso tem razão o comentador que disse que o amor está no ar.

Anónimo disse...

Quando se é mulher de alguém, pobre do alguém, ou da sua mulher.
E cada qual saberá como gere esta questão lá em casa.
Mas, para alguns e conforme aqui se demonstra, independência é algo que não permitirá ao companheiro / a. Era o que faltava!

Anónimo disse...

Nas casas desses srs. criticos da dr. FP, o machismo e a independencia da mulher, se a tiver,não existe. Se o fulano é do porto obriga a companheira a selo,sabendo que ela é adepta de outro clube. Grandes democratas estes tipos. Que vão bugiar.O fascismo já acabou à muito tempo.

Anónimo disse...

A mulher do sr Ministro revelaria independência se, e por ser mulher do Ministro, se contivesse em apreciações que estão directamente relacionadas com o cargo que o marido desempenha e directamente relacionados com matéria que foi da responsabilidade do marido. Marido esse, que - convém nunca esquecer - veio directamente do Tribunal Constitucional (onde nem aqueceu o lugar) para Ministro, já de si revelador. Mas esta independência já não interessa para os srs comentadores na sua lenga lenga habitual e gasta de apelidar de fascistas os que não pensam como eles.
Pelos vistos, o facto de a sra ser mulher do Ministro criou muita urticária em algumas almas, vá lá saber-se porquê.