A entrevista de Alexandre Relvas ao Diário Económico de segunda-feira não se afasta do discurso rotineiro de Ferreira Leite. É uma conversa sem custos para o entrevistado, sobretudo quando nenhum jornalista se lembra de lhe colocar, depois de cada sentença, uma questão muito simples: “como faria isso?” Estou a pensar, por exemplo, na oposição aos investimentos públicos, quando o presidente do Instituto Sá Carneiro se refere, ao mesmo tempo, à necessidade de combater o desemprego.
Em todo o caso, Relvas reconheceu que este governo merece ser apoiado em áreas como “a reforma da Segurança Social, o Simplex, as Novas Oportunidades, o Sistema Social da Função Pública ou a redução do número de funcionários públicos.”
Mas talvez o momento alto da entrevista tenha acontecido quando o Mourinho do Presidente da República decidiu fazer uma confissão inesperada: “É fundamental um governo de maioria em Portugal.” Ora, tendo em conta os resultados de todas as sondagens, esta intempestiva, mas inequívoca, declaração de voto há-de estar a provocar calafrios para os lados da Marmeleira.
1 comentário :
Claro como a agua. Melhor governo nunca houve, razão melhor não há para lá continuar.
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