sexta-feira, novembro 21, 2008
Púlpito, precisa-se
Dias Loureiro precisava de falar com urgência. Frustrada a possibilidade de utilizar a Assembleia da República como tribuna, a RTP abriu-lhe, de imediato, as portas através de uma emissão especial conduzida por uma entrevistadora muito afectuosa. Agora, quando houver fugas de informação relativas à investigação do BPN, o conselheiro de Estado poderá esquivar-se a falar com o pretexto de que já disse tudo o que sabia. Só o PS percebeu que deveria rejeitar que a Assembleia da República fosse transformada, na estratégia individual de defesa de Dias Loureiro, num palanque de feira?
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11 comentários :
Carta enviada ao Provedor da RTP.
Não podia deixar de fazer a minha critica pela forma e atitude como decorreram as duas ultimas entrevistas efectuadas pela jornalista , judite de sousa, na Grande Reportagem.
Á Srª. Ministra a entrevista decorreu de forma muito agressiva, contundente e com cortes abruptos, cortando o raciocínio à entrevistado, quando se estava explanar um tema de grande interesse nacional. Alias já é normalissimo este procedimento em situações similares, quando são oriundas de outras formações politicas.
Em contrataponto, tivemos hoje, uma entrevista particular ao sr. dias loureiro, cujo interesse nacional não existe, funcionando mais como uma lavagem da imagem do proprio e das pessoas associadas ao caso do bnp. É nitidamente um caso de policia e dos tribunais.Mas como procedeu a jornalista perante o entrevistado? Meiga, doce, deixou falar quanto baste e no fim nada de novo.
Para uma foi agreste e parcial, para o outro o contrario. Ou seja, quem define os modos da jornalista perante os entrevistados?
A RTP ao chamar à si a responsabilidade de limpar a imagem de um qualquer, terá no futuro que ter o mesmo comportamento com outro qualquer que esteja na mesma situação. Já agora sugiro, porque não entrevistar a principal figura? E depois um atras do a outro, todos lá estiveram e tem as suas razões e justificações. Sugiro a mesma jornalista.
Sex Nov 21, 10:37:00 PM
Caro Miguel Abrantes:
A entrevista deixou muito por esclarecer, designadamente no que respeita ao envolvimento de Dias Loureiro nos negócios de Porto Rico e ao modo como pactuou com o funcionamento da adminstração, visto que ele afirmou que não havia reuniões do conselho de administração, situação deveras original e contrária à lei. A audição em comissão parlamentar não serviria, estou certo, de púlpito para Dias Loureiro, porque ele não ia encontrar a meiguice da Judite de Sousa.Aliás, a entrevista até pelo que ele disse, não o iliba de responsabilidades e ele não saiu de lá limpo, pese embora a boa vontade da entrevistadora.
Assim sendo, só vejo vantagens em ele ser ouvido na comissão parlamentar. Ele não sai de lá lavado, estou certo e o PS escusa de arcar com o ónus de não o querer ouvir, alimentando, por essa forma dúvidas e suspeições.
Cumprimentos
Uma entrevistadora muito afectuosa. Leia-se no Expresso de hoje:
Mário Nogueira
SECRETÁRIO-GERAL DA FENPROF
Alterar tamanho
... Os seus dias são por isso uma azáfama mediática. Na quinta-feira, dia do Conselho de Ministros extraordinário para tratar do problema da avaliação, chegou cedo à RTP para ser entrevistado. Voltou, horas mais tarde, para comentar em directo para a RTPN a conferência de imprensa da ministra. E fez logo um ‘três em um’: mal saiu do estúdio, foi directo à secretária de Judite de Sousa, com quem falou para a ‘ajudar’ a preparar a entrevista que Lurdes Rodrigues lhe daria à noite. ...
Caro Paulo:
Queixa-se de quê? Ainda há poucos dias uma Ministra desesperada foi lavar as máguas e tentar inverter a tomada de posição das pessoas para se manter no taxo até às Eleições europeias...
Caro, Xico Ribeiro,
Aposto que vai receber um e-mail assinado pela dona F. Mestrinho a dizer-lhe que vai dar conta à jornalista...pá-ti-tá-tá. Passou-se comigo, quando essa "piquena" entrevistou a bastonário da O. dos Advogados, e não houve uma única, repito, uma única vez, que ela não o tivesse vergonhosamente interrompido durante as respostas. É muito bom que as pessoas se perguntem se estas e outras "excelentes profissionais" onde o mérito é invisível - já para não falar dos resultados desastrosos dos "shares"- ainda estariam na televisão pública no tempo em que os telejornais eram encomendados pela cambada laranja. Interrogue-mo-nos!!
Ao contrário do que parece sugerido em alguns comentários, eu acho que tudo ficou muito claro e que o Dias Loureiro estendeu-se ao comprido, não obstante o esforço da Judite de Sousa em não fazer sangue. Será que alguém acredita que o administrador-executivo de um grupo empresarial (SLN) pode passar sem saber que a principal empresa do grupo (BPN) comprou um banco (BICV)?
Mais: que foi a Porto Rico comprar 2 empresas e depois assina o balanço do exercício onde vê que não está contabilizado esse negócio?
Só não percebo porque é que ainda não está a fazer companhia ao Oliveira e Costa. Haverá por aí uma alta protecção especial?
Existem duas Judites de Sousa perfeitamente distintas uma da outra:
- Uma, agressiva, a que entrevista ministras da educação da área do PS,
- Outra, melosa, a que entrevista ex-governantes de Cavaco Silva, como acabou há pouco de acontecer com Dias Loureiro.
Não sei porquê mas fiquei com a sensação de que Dias Loureiro nos contou uma coisa parecida com a história da carochinha. Aguardemos os desenvolvimentos dos próximos dias.
De qualquer maneira, acho que o PS fez muito bem, pois Dias Loureiro só iria mentir. Para que serviria a audição? E também acho que o PS, se puder, deve inviabilizar o inquerito parlamnetar, pois está tudo a ser investigado pela polícia, os deputados não são precisos neste caso.
Mas a Assembleia da República É um palanque de feira, Miguel Abrantes. E se o PS tivesse permitido que Dias Loureiro usasse o palanque ainda ficaria a impressão remota que se tratava de um palanque com alguns vestígios de interesse e de neutralidade.
Toda a clarividência que aponta ao PS (e o antropomorfismo da sua expressão “o PS que percebeu” parece-me um pouco mais do que excessivo – conheço quem no PS não tenha percebido…) apenas serviu para corroborar a reputação de que o palanque da feira está vedado a todos que não sejam os “vendedores da banha da cobra” que convenham ao PS. Lembra-se do Eurominas?
Ate foi bom a entrevista, assim se viu o quanto vale o escolhido, pelo presidente da republica, para seu conselheiro de estado.
Querem arranjar , (Marcelo) um inquerito parlamentar.
Tudo para lavar com OMO para tirar as nodoas da jaqueta
Zè Bonè
ÓRGÃOS SOCIAIS DO BPP
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
João Oliveira Rendeiro, Paulo Guichard, S. Fezas Vital, Fernando Lima e Luiz Vasconcelos.
CONSELHO CONSULTIVO
Francisco Pinto Balsemão, João Vaz Guedes, Stefano Saviotti, A. Bissaia Barreto, João de Deus Pinheiro, Joaquim Vieira Coimbra, Jorge Braga de Macedo, João Cravinho, Alain Minc, A. Pinto Correia, A. Viana Baptista, Arnaldo Pinto, João M. Serrenho, J. Ferreira Santos, C. Tomás Ruivo, Enrique Centelles, Gabriel Bastos, J. M. C. Rodrigues, M. Alves Monteiro, N. V. do Nascimento, Hareb Al-Darmaki, R. Almeida Capela e Silvio H. Cerveira.
ASSEMBLEIA GERAL
José Miguel Júdice, Nuno Brito Lopes e Maria Manuela dos Anjos Tavares Morais.
CONSELHO FISCAL
A. Pinto Barbosa, Miguel F. F. Morais e Deloitte & Associados.
ESTRUTURA ACCIONISTA DO BPP
Joma Advisers: 12,50%
Partners Equity Trust: 6,34%
Francisco Pinto Balsemão: 6,02%
Saviotti SGPS: 5,83%
Sofip SGPS: 5,81%
Alfa Europaeco: 5,00%
SF-Sociedade de Controlo: 4,17%
Helene Invest. Holding: 2,50%
Cooper Invest.: 2,26%
Fund. Luso Americana para o Desenvolvimento: 2,19%
Joaquim Ant. F. dos Santos: 2,08%
Joaquim Alb. Vieira Coimbra: 2,00%
Zé Bonè
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