O Público transformou-se no muro das lamentações dos professores descontentes com o rumo traçado para a política educativa. Não há edição que não traga um artigo de opinião muito indignado com a ministra da Educação. Hoje, o jornal duplica a dose: um dos artigos é comentado aqui e o outro aqui.
PS — Também a secção “Cartas ao Director” está arrendada à Fenprof. Hoje, por exemplo, J. Sousa Dias, um pedagogo que nos escreve de Ourém, garante a pés juntos que é “falso” que não haja um modelo alternativo a este modelo de avaliação: “Vários foram já os modelos apresentados pelos sindicatos. E há outros.” Por que o jornal não os publica?
7 comentários :
Sou professora e também não conheço outro modelo de avaliação, a não ser o que se fazia antes do 25 de Abril, em que inspectores nomeados pelo governo entravam pelas aulas dentro, sem qualquer ficha ou critério, de surpresa, assistiam à aula e saíam sem qualquer comentário, indo depois apresentar um relatório ao reitor. O professor não era informado de nada. Ou então, o modelo anterior a este, que onsistia em apresentar um relat´rio, geralmente inventado ou aldrabado pelo próprio professor, e a avaliação era sempre "satisfaz", sem se ver qualqer aula , e quer o professor fosse bom, mau ou assim-assim
“Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite”, Manuela Ferreira Leite, 12 Novembro 2008.
Deve ser uma professora do tempo de outra senhora, por exemplo:
Começou a dar aulas com 25 anos mais 35 anos que levamos a democracia = isto quer dizer que a tem 60 anos - grosso modo.
De facto, uma professora com esta idade, já não se faz avaliação.
Tem razão
Ze Bone
A propósito do Público. Aguardo ansiosamente que o inefável JMFernandes comente, no contexto da luta contra a "claustrofobia democrática", a frase da líder do PSD, hoje proferida em Fátima (valha-nos Deus): "Não pode ser a comunicação social a selecccionar aquilo que transmite"...
Pois bem, todos excelentes, todos optimos, todos bons, todos excepcionais, caros, em que mundo estamos nós?
Vão mas é bugiar.
Pelos vistos o Zé do Boné desconhece que no tempo da outra senhora um professor primário acedia à Escola do Magistério com o 5ºano e ao fim de dois anos saía professor encartado. A professora Maria Araújo pode perfeitamente ter 54 anos.
E também desconhece que os professores do liceu licenciados iniciavam a carreira aos 23 anos. E ainda havia os do bacharelato prontinhos aos 21 anos.
Mas quem, hoje, repeita um professor, quando os seus comportamentos se identificam com praticas arruaceiras,manipuladoras, agressivas,demagogicas e trauliteiras?
Estão a transformar uma clase, que tinha prestigio, num grupo de pressão politica ao serviço de uma ediologia castradora das liberdades e dos direitos humanos.
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