sábado, dezembro 27, 2008

♪ Carl Hancock Rux



Languid Libretto

3 comentários :

Anónimo disse...

Um labirinto mapa ( blues, hip-hop, soul, jazz, funk, spkon-word) que funciona como montagem de atracções envolvidas por uma voz grave que canta como se interrogasse a sua própria condição e aquilo que se passa em seu redor. Entre o recitar e cantar, imagina-se um Tom waits afro-americano, um Nick Cave em versão gospel ou uma Úrsula Rucker existencialista.

Anónimo disse...

Carl Hancock Rux não brinca em serviço. Nele se cruzam uma envergadura artística e uma seriedade de princípios que estão longe de ser a regra de ouro da música contemporânea. Mas isso não explica tudo. Embora ajude a compreender muita coisa. O autor de “ I Got a Name” é um homem de palavra. Não só porque tem na poesia e na apurada arte de “diseur” ( suficiente para que se esqueça que o rap existe) a ferramenta crucial de uma obra que adquire respeitável envergadura mas também porque não descansa enquanto não descortina para cada vocábulo a atmosfera, a orquestração, o padrão rítmico, o acorde ou a simples nota que ele exige.

Anónimo disse...

Este poeta de Nova York é na verdade a única figura a quem Gil Scott-Heron não se teria importado de confiar o cálice sagrado da liberdade de pensamento e da densidade artística.