- “(…) Os números têm uma grande beleza. Por exemplo, uma das suas características é poderem sempre descer, salvo se estivermos a falar de número da grandeza do zero. As sondagens (e a recente do Expresso, em particular) são significativas a este respeito: o PSD e Manuela Ferreira Leite descem sem parar. A única consolação que têm é que podiam ter descido mais ainda.
Mas pelo caminho que as coisas tomam, não há dúvida de que a descida ainda não acabou. Quem é contra as obras públicas, quem fala em tom racista de ucranianos e cabo-verdianos, quem diz que o casamento serve para a procriação, quem chama palhaços aos polícias, quem defende que os jornalistas devem ser controlados na escolha das notícias e quem admite que a democracia pode ser interrompida durante seis meses, não pode esperar boas sondagens ou bons resultados eleitorais. Aliás, todo este discurso é próprio de quem não se revê no jogo democrático e nada pode esperar de sondagens.
(…) A tal suspensaozinha por seis meses, acompanhada da entrega do poder numa bandeja, essa, sim, seria indicada para salvar o país. O problema é que já não há golpes de Estado como antigamente e as hordas estão a ficar desesperadas com a inépcia da chefe (…).”
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