domingo, janeiro 25, 2009

O melhor é esperar pelo "Público" (cont.)

Depois de, ontem, outros órgãos de informação terem considerado que a manifestação de professores na zona dos pastéis de Belém não correspondera às expectativas, era com expectativa (desculpem a redundância...) que se aguardava a edição de hoje do Público para a reposição da Verdade (não se esqueçam, é preciso falar verdade aos portugueses...). E quem espera pelo Público sempre alcança.

Lá dentro, a toda a largura da página: "Estatuto da Carreira Docente terá normas inconstitucionais, defende Garcia Pereira". Aquele "terá" era doutra página, mas enquanto o Fernandes escrevinhava o Editorial, algum gráfico mais distraído terá feito um copy and paste azarado. Não faz mal, hoje de manhã já tinha guia de marcha para a caixa 37 do Continente de Alfragide.

Mas voltemos a Belém. Que diz então o eterno candidato do MRRP a tudo? Que o modo como a carreira docente foi dividida em duas categorias "gera um problema de desigualdade de tratamento". E ainda que essa divisão obedece a "critérios inteiramente arbitrários", por só considerar, no concurso para professor titular, os últimos sete anos de exercício e valorizar a componente administrativa (o exercício de cargos) em detrimento do que é a "alma principal" da docência: ensinar.

Temos, então, que a poesia sobe finalmente ao Olimpo dos pareceres jurídicos...

Mas, pormenor interessante, tão lírica declaração do advogado maoísta (!?) foi feita durante a tal manifestação junto aos pastéis de Belém. Pena que a jornalista destacada para o evento não tenha esclarecido qual a escola básica ou secundária em que Garcia Pereira dá aulas. Aposto que é numa básica...

A peça do Público não termina sem uma muito pertinente referência a um dos cartazes presente no ajuntamento (que raio, dois mil não é manif em lado nenhum...): "A educação não é um outlet".

É verdade, meus caros, se queremos elevação e clarificação no debate, podemos sempre contar com o Público. Não falha.


Contributo do João

1 comentário :

Anónimo disse...

Os profes e esse tal leninista/maoista que vão pra china cagar postas de pescada e lá verão como a mão pesada da ditadura lhes cai em cima.

Em democracia é muito facil botar disparate e até insultar, mas nas terras do mao e de lenine é mais facil +arar à pildra, do que tentar abrir a boca.

Mas estes e outros profes não veem no ridiculo em que estão a cair? Se fossem inteligentes, há mas são a minoria,já à muito que se tinham dedicado ao ensino.Mas não, dedicam-se sim as manifes, reuniões sindicais, reuniões de estrategia, reuniões em como insultar e manipular as crianças.

O Governo que ponham esses malandrecos a trabalhar, por forma a justificar o que ganham o que é muito.