Um post (sem exemplo) sobre o Vidal

Há quem menospreze os escritos de pessoas como o Carlos Vidal. Fazem mal.
Os simples têm a vantagem de debitarem automaticamente o que lhes vem à tola e que, como é óbvio, resulta directamente do bruá-bruá grupal que os rodeia.
Veja-se este exemplo.
O Vidal escreveu há dias uma coisa com uma tese absurda baseada em factos falsos (dizia que Rui Tavares foi processado por José Sócrates - coisa que já corrigiu, por entre uma enorme trapalhada que, quem tiver paciência, pode verificar nos comentários; e garantia, logo no título, que não havia processos contra não-jornalistas, Charles Smith, por exemplo).
Alguns dias depois, o Vidal volta a escrever sobre o mesmo assunto. Todo ele cuidados: que rectifica, solicitamente, porque Rui Tavares lhe pediu; não nomeia a probabilidade de uma determinada frase ter sido dita por Daniel Oliveira, não vá arranjar problemas ao rapaz; e omite pura e simplesmente aquilo que é público e que deita por terra a sua - sejamos magnânimes - tese).
Mas o mais caricato deste segundo post do Vidal é aquela ideia de que não se sabendo (melhor, não sabendo ele...) quem foi processado isso ser uma limitação à liberdade de expressão.
Isto é, obviamente, tudo muito confuso e patético até. Pelo que poderíamos ficar pela graça que a coisa indiscutivelmente tem.
O problema é que gente desta, com raciocínios destes, é verdadeiramente perigosa. Mais perigosa - pela patetice que procura disseminar pela opinião pública - que outros poderes, alegadamente poderosos ou ocultos.