quarta-feira, maio 27, 2009

Da série "Frases que impõem respeito" [320] (número duplo)

    A regra, no sector, é o corporativismo — neste momento exemplarmente simbolizado na figura do presidente do Supremo, alguém que anos a fio foi o rosto do sindicalismo da magistratura judicial.
    Quem anda pelos tribunais sabe até que ponto o destino de um processo pode depender de sair ou não a lotaria, por outras palavras, de se apanhar um juiz de corpo inteiro ou um pobre diabo que ali foi parar porque não teve engenho nem arte para ser advogado, onde poderia ganhar muito mais.

5 comentários :

jpp disse...

Olha, o chefe do pasquim só agora é que dá por ela. Tem andado distraído? Claro que não.
Os portugueses sempre deram por isso e sentem isso.

Anónimo disse...

A adopção dos 'pensamentos' de José Manuel Fernandes - depois das diatribes lançadas, contra ele, neste blog - diz bem da natureza e sentido de ambas as 'linhas editoriais' ...

Anónimo disse...

Foi um momento de lucidez. Como já há muito não se lia escrito por quem foi. Espero que ele agora tire algumas consequências desse raciocínio e analise alguns casos dessa viscosidade que são as relações entre a magistratura e a comunicação social. Por exemplo.

Miguel Abrantes disse...

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Ao Anónimo de Qui Mai 28, 11:50:00 AM:

Julgo que não compreendeu o espírito da série "Frases que impõem respeito", que muitas vezes se socorre de “pensamentos” dos quais discordo. No caso em apreço, li o editorial de José Manuel Fernandes e há várias passagens que revelam que o director do Público não domina as questões da justiça. Mas eu quis, com os dois extractos reproduzidos, destacar:

- Que o corporativismo que ele ataca é o mesmo que ele apoia para se atirar ao Governo;

- Que, para além de insultuoso, o segundo extracto é um exemplo da guerra de terra queimada que ele diz combater, mas que, afinal de contas, só aplica ao Presidente da República (e não a qualquer outro órgão de soberania ou instituição).

Anónimo disse...

Consultar este blogue é como caminhar na estrada de Damasco. É raro ver gente tão esclarecida como esta: tão sábios, eloquentes e rarefeitos de preconceitos. Ufa!Este post cansou-me!!!