No artigo de opinião no Jornal de Negócios, Miguel Frasquilho é mais do mesmo. Ou, neste caso concreto, seria mais adequado dizer é menos do mesmo nada.
O economista Frasquilho contesta os fundamentos da aquisição pública da COSEC, porque, diz, “se a Cosec está a restringir os seguros à exportação, isso deve-se ao aumento dos riscos das operações em causa… Pelo que, ao querer (re)comprar a Cosec, o Governo, para além de, como já acontece, intervir na esfera dos riscos políticos, está, objectivamente, a querer ditar as regras de avaliação de todos os outros riscos”
Eis o único economista do mundo que nada aprendeu no último ano. O mercado entende que não deve haver crédito? Então o mercado tem razão. Qual Friedman, qual Hayek, qual Buchanan, qual Nozick, qual carapuça! Uma fé tão ilimitada no mercado só nos recorda o bom velho tempo em que Pedro Arroja defendia a liberalização dos rios, dos cemitérios e de tudo o que o mexesse… ou não.
Que importa a Miguel Frasquilho que as maiores instituições financeiras mundiais tenham reconhecido o erro dos seus modelos e tenham recorrido ao Estado. Que interessa a Miguel Frasquilho que todos os governos do mundo, dos mais à esquerda aos mais à direita, estejam a apoiar os bancos enquanto sustentáculos da economia real. Que reflexão faz Miguel Frasquilho da percepção das falhas de mercado estar a alargar-se? Nada, impávido e pouco sereno, entende que a avaliação de risco das instituições financeiras é um dogma de fé.
Ainda que os empresários reclamem do não funcionamento do mercado. Ainda que muitos economistas tenham apontado como grande estrangulamento da retoma da actividade as restrições de crédito (repentinas e tão bruscas quanto a medo). Ainda que o governador do Banco de Portugal tivesse manifestado simpatia pela existência de uma companhia de seguros de crédito com participação pública.
Frasquilho é o último dos ortodoxos. O mercado é a única estrela que o guia. Mas… e quando o mercado falha? E quando os projectos têm uma componente social? E quando os proveitos (e os custos) para a comunidade são superiores aos proveitos (e aos custos) da soma dos indivíduos? Estes não são problemas que preocupem Frasquilho — nem o PSD.
8 comentários :
Puseste duas palas do lado, e só consegues olhar para um lado. E mal!
Pensas que percebes tudo e nada percebes ...
Um destes dias, ainda arranjas sarilhos! Escusados ...
Vai por mim ... Vai por mim ... Quem avisa, amigo é!
Se o que aqui "chorrilhas", fosse dito por um dos que passas a vida a "enxovalhar" neste "quelho", Portugal vinha abaixo. Não achas?
Ou és assim tão democrático e cívico que aceitas as opiniões dos outros?
Tenho muitas dúvidas ...
Caro Miguel com amigos destes só pode correr bem!
Não percebi é se é um conselho ou uma ameaça disfarçada de conselho.
Um inimigo disfarçado de amigo ao bom estilo PSD. Pelas insinuações, meias palavras e género troca-tintas só pode ser isso.
ò anónimo, "duas palas do lado, e só consegues olhar para um lado"???
Qual lado?
Que profundidade de raciocinio... É uma linha de pensamento demasiado á frente.
Deve ser por isso que vão perder as eleições, ninguém vos entende.
Pelo estilo carroceiro do primeiro comentário eu diria que o Luis Filipe Vieira anda por aí.
Já mete ameaças! Este blog está um "must read"! Contunue o bom trabalho MA.
Miguel, quando a coisa chega à ameaça está tudo dito.
Democratas de pacotilha, alguns sujeitos do PSD continuam a conviver mal com quem não concorda com eles. E o mais engraçado é dizerem que são os socialistas quem dá uma de "big brother", censor, etc. Deixo-te a minha profunda solidariedade. Porque eles são perigosos. E não prestam como pessoas.
entendam-se!!!
O Frasquilho é um atrasado mental, pseudo-ideologo pateta da atrasada mental direita portuguesa.
Composição PSDV = 1/5 Quim Barreiros + 1/5 Sumo de Limão sem Açucar + 1/5 União Nacional + 1/5 Bushies + 1/5 Dias Loureiro Style
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