Paulo Rangel não lê “nenhum romance”, mas, em compensação, deleita-se com “biografias de São Paulo”, porque estamos no “ano paulino, e porque eu me chamo Paulo.”
Mas a vida é uma caixinha de surpresas. Rangel, que se diz politicamente integrado na “direita do PSD”, considera-se um “progressista” quanto à “moral de costumes da Igreja Católica”, seja lá isso o que for. É assim que quer a ordenação das mulheres, aceita o casamento dos padres, defende o uso de anticonceptivos (mas não a distribuição de preservativos nas escolas) e, como qualquer oportunista à caça de votos, propõe uma “terceira via” para os casamentos entre pessoas do mesmo sexo. A despenalização do aborto e da eutanásia é que nunca.
Vê-se que as suas posições “progressistas”, servidas para as eleições, estão coladas com cuspo, quando reduz “casamento, divórcio, a questão dos homossexuais” à “moral sexual”. Deve ter aprendido tudo nas letras de heavy-metal, de que é “fã”.
Quem não vai em cantigas é este rapaz. Momentaneamente ruborizado (em lugar do habitual tom esverdeado de quem não troca o cilício por uma nesga de Sol), arremessou de supetão o desnorteado Rangel para o Índex. E muitos outros estiveram ontem para “sair intempestivamente [do Nicola] a vociferar «you’re all a bunch of socialists».”
1 comentário :
O TIPO DIZ QUE É DA DIREITA DO psd? Essa afirmação cheira-me a uma confissão pelo seu passado recente.
Para mim e a maioria dos portugueses o PSD é um partido de direita.Sempre o foi.
Quem lá está não tem necessidade de afirmar tal, dado ser é essa a qualidade de quem lá milita.Aliás, nunca vi ninguem de esquerda no psd.
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