sábado, junho 06, 2009

Não há coincidências?



1. Para Dias Loureiro, conselheiro de Estado, ser ouvido pelo Ministério Público no inquérito, era preciso levantar a imunidade de gozam os conselheiros de Estado.

2. Mas o Ministério Público não entendeu ser necessário ouvir Dias Loureiro e, portanto, não era necessário levantar imunidade nenhuma.

3. Ainda bem que assim era, para evitar problemas ao Presidente da Republica e ao Conselho de Estado.

4. Dias Loureiro resolveu renunciar ao cargo e pediu para ser ouvido pelo Ministério Público.

5. Na mesma altura, o Ministério Público fez saber que não via razões para ouvir Dias Loureiro.

6. Após a renúncia, o Ministério Público deixou passar dois ou três dias de conveniente nojo e decidiu ouvir Dias Loureiro.

Tendo em conta esta curiosa sucessão de fenómenos, pergunto aos leitores qual das seguintes afirmações é correcta:
    a) Ao contrário do que diz Margarida Rebelo Pinto, há coincidências;
    b) O Ministério Público instituiu uma nova prática, simpática para os cidadãos, que é ouvir arguidos, suspeitos ou simples testemunhas, a seu pedido e quando acham conveniente;
    c) Para não ter pedido o levantamento da sua imunidade, o Ministério Público esperou politicamente pela renúncia de Dias Loureiro;
    d) Dias Loureiro não vai ser ouvido pelo Ministério Público e as notícias que o referem não passam de boatos, porque, se assim não fosse, o Dr. João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, já teria denunciado publicamente a existência de pressões.

4 comentários :

j disse...

A afirmação correcta parece ser a c).

Anónimo disse...

O Dr. Palma e o Dr. Loureiro vão, ou costumavam ir, à caça em conjunto. É natural que o Dr. Palma esteja impedido de tecer consideraçãoes sobre a matéria. No caso FreePort o caso é completamente diferente. O Dr. Palma nunca foi à caça como Eng. Sócrates, motivo pelo qual não está impedido de falar nas pressões do Dr. Mota. Entedeu? Não é preciso estudar o Doutor Pedro Pinto de Albuquerque para compreender a diferença.

Anónimo disse...

Ainda falta uma opção que penso ser a correcta:
e)atiraram uma moeda ao ar...e pronto.

Anónimo disse...

Toda esta actuação do Ministério Público é um nojo....Não fosse Pinto Monteiro um homem da direita (PSD dos 4 costados)