quarta-feira, agosto 12, 2009

"Um caso de natureza privada"

    Falando sobre o caso de António Preto, a líder do PSD afirmou que "não foi a única pessoa" a incluir António Preto nas listas de candidatos a deputados e defendeu que se o excluísse estaria a "antecipar-se" em relação à Justiça.
    Manuela Ferreira Leite lembrou que António Preto é "alguém que é deputado" e que já é deputado "há mais de uma legislatura".
    "Não sou a única pessoa que o incluiu como arguido, já na anterior lista isso foi feito e ninguém disse nada, isso é um aspecto fundamental", disse.
    A presidente social-democrata notou que Preto "não está acusado de nada no exercício de funções públicas" e que "as leis que falam sobre a matéria são todas exclusivamente relacionadas com actos que alguém tenha praticado no exercício de funções públicas".
    "Não é o caso, são casos de natureza privada sobre os quais eu não tenho que me pronunciar, tenho apenas que esperar aquilo que legitimamente todos devem esperar que é a decisão da Justiça, eu não tenho o direito de me antecipar dando eu a minha própria sentença", advogou.
    Questionada novamente pelos jornalistas sobre se este caso poderia afectar a "política de verdade" utilizada como 'slogan' do partido Ferreira Leite foi lacónica: "Em nome da verdade eu não tomo atitudes que considero incorrectas do ponto de vista ético e político", concluiu.
    O deputado do PSD António Preto, acusado de fraude fiscal qualificada e falsificação de documento no processo conhecido como o "caso da mala", tem julgamento marcado para 27 de Outubro, nas varas criminais de Lisboa.
    António Preto, que foi deputado na legistatura que agora findou, está acusado de falsificação de documento e fraude fiscal qualificada, em co-autoria, num processo que ficou conhecido como o "caso da mala".
    Em causa estão 150 mil euros que o deputado alegadamente recebeu em 2002, em envelopes e malas, dos empresários da construção civil Virgílio Sobral de Sousa e Jorge Silvério, na campanha das eleições para a liderança da distrital do PSD de Lisboa, que acabou por vencer.
    Segundo a acusação, concluída em 2005, António Preto e os dois empresários causaram também um prejuízo ao Estado de mais de 37,5 mil euros.

5 comentários :

Anónimo disse...

Ou seja, a sra. justifica um erro com outro erro. Genial como política de verdade!

Pedro PL disse...

POLÍTICA DE VERDADE, é trazer os cachiques e levá-los como representantes do Povo Português para o Parlamento, orgão que representa as aspirações do POVO.
MAS SERÁ QUE O POVO É PARVO? E NÃO VÊ? SERÁ O QUE O POVO NÃO É SUFICIENTEMENTE ESCLARECIDO PARA NÃO VOTAR NO PSD, que tem nas suas listas pessoas com grandes capacidades de transportarem MALAS CHEIAS DE DINHEIRO, e incapacidade para fazer para além disso seja o que for?????

Mónica Lopes Alfredo disse...

Tão grave como a "mala" é a questão do braço falsamente engessado (que já foi provada) para escapar a uma perícia de caligrafia. Depois disto, nada mais há a dizer sobre o carácter do senhor que MFL pretende que represente a Nação.

Anónimo disse...

E foi esta criatura, há dias, vistar a PJ! Deve ter sido movida pela curiosidade de saber como é que o Preto teve a distintíssima lata de aparecer ali de braço engessado! E deve ter dito para os seus botões: ah gandaPreto, tu é que sabes...

ana disse...

A velha senhora acha que não deve antecipar-se à justiça. No caso dos seus amigos, é claro, porque quando falou de Lopes da Mota já tinha as certezas todas. A mulher é repugnante.