Que terá imaginado o leitor quando leu a manchete de hoje do Correio da Manhã? Temos finalmente bronca da grossa… Acontece que o artigo, para lá de mais uma aparente violação do segredo de justiça, faz apenas alusão a dois aspectos que convém sublinhar:
- • Segundo o tablóide, a “investigação descobriu depósitos em várias contas abertas em paraísos fiscais britânicos que implicam outros suspeitos já constituídos arguidos e também mais três pessoas”;
• “Já sobre José Sócrates ou familiares seus não foram recolhidos movimentos suspeitos.”
Depois de José Sócrates ter sido bombardeado durante meses por causa do Freeport, que manchete seria mais apropriada: uma em que se destacasse o facto de que o primeiro-ministro não tem nada a ver com o caso Freeport ou a que o CM utilizou, que, dada a sua natureza dúbia, permite continuar a alimentar o folhetim (e em que a referência a Sócrates é omitida na edição on-line)? Por que uma informação tão relevante em termos políticos aparece quase escondida no artigo?
Acontece que o Público replica a notícia do CM e censura o único aspecto que é politicamente relevante: “Já sobre José Sócrates ou familiares seus não foram recolhidos movimentos suspeitos.” A notícia do Público é um vómito tão grande que nenhum jornalista teve coragem para a assinar.
Não haverá mesmo uma campanha negra?
3 comentários :
A corporação só quer manter o esgoto, para ver se da próxima ninguém os "desconsidera". É pena que quem devia, não manifeste agora alguma preocupação.
Mas o que interessa é ver se o fedor deste esgoto desvia as atenções de outros esgotos bem mais mal cheirosos.
Espero que tenha feito um print screen do Público.
é que eles foram lá sorrateiramente acrescentar uma frase no texto.
e Eu tb sei que não estava lá porque quando lia a noticia...não estava.
Pulhas!
Parece que a carta anónima antes de ser já era
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