quinta-feira, setembro 03, 2009

Leituras

• João Cardoso Rosas, A direita e os valores:
    A direita tem especial predilecção pelo tema dos "valores". Ou seja, a direita gosta de se apresentar como defensora oficial daquilo a que chama "os valores", dando assim a entender, de uma forma mais ou menos explícita, que a esquerda não defende ou é mesmo inimiga dos valores mais genuínos. Creio que este discurso é puramente retórico e carece de seriedade intelectual.
• Marina Costa Lobo, Os debates serão decisivos?:
    Os portugueses reentram devagar nas suas rotinas de trabalho, mas a campanha para as legislativas já disparou. Em finais de Agosto discutiram-se as listas dos deputados. Nessa altura, ainda em pleno Verão, confirmou-se que uma coisa é a retórica em relação à ética na política, outra são as realidades da composição das listas de candidatos à Assembleia da República. Dentro e fora do PSD, Manuela Ferreira Leite foi altamente criticada por ter escolhido António Preto e Helena Lopes da Costa a figurar nas listas do seu partido.

    Logo depois, vieram os programas. Primeiro os dos partidos de esquerda, e depois os de direita. Neste momento, todos os principais partidos políticos já apresentaram as suas propostas e os jornais têm feito um esforço interessante de apresentação das diferenças mais emblemáticas entre as forças políticas. Não me lembro de tão grandes diferenças entre PS e PSD sobre a melhor forma de combater a crise económica. Até 1999, todos os objectivos económicos dentro do projecto europeu foram partilhados pelos dois partidos. Em 2002 e 2005, por exemplo, havia um consenso sobre a necessidade crucial de diminuir o défice público. Neste momento, como até já Jerónimo de Sousa admitiu há diferenças importantes entre Sócrates e Ferreira Leite.
• Palmira F. Silva, Sustentabilidade:
    As tecnologias associadas às energias renováveis serão as próximas indústrias globais, ultrapassando muito provavelmente as tecnologias da informação daqui a uns anos.

    Os países que mais apostarem em investigação nessa área, hoje, disporão de uma vantagem estratégica num futuro próximo. Reforçar os recursos afectos a I&D no sector energético e assegurar a sua forte conexão com o sistema económico, como se compromete no programa o PS, é fundamental na visão energética a longo prazo de que o país necessita.

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