- ‘Cada vez gosto menos destas investidas anti-corrupção aparatosas, com nomes de código próprias de filmes policiais negros, detenções acompanhadas mais ou menos em directo pelos jornalistas, muito alarido todo o dia nos diversos canais de TV, repórteres em permanência à porta dos tribunais à espera da saída dos detidos, atropelando-se uns aos outros para serem os primeiros a dar a notícia das medidas de coacção, a divulgação intensiva da fotografia dos políticos envolvidos (já de alguma forma condenados...).
Sabemos que o Zé Povo está ansioso por encontrar "culpados" para sobre eles descarregar todas as desgraças que o sobrecarregam. E que a luta contra a corrupção é um tema altamente rentável para a comunicação social.
Mas a investigação criminal é incompatível com a exibição, o espectáculo, o palco.
Há que pôr termo a estes procedimentos exibicionistas, que não são correctos (para dizer o mínimo), e que, pelas expectativas que geram junto da opinião pública, expectativas que ninguém pode garantir que sejam cumpridas, acabam por acumular ainda maior frustração na população.’
5 comentários :
Ah pois é ....
Caro,
Só para dizer que ao pé deste exibicionimo, tipo trabalho de menina no varão em casa de alterne, as acções da ASAE são de meninos de coro.
Ouvi hoje alguém sair-se com esta para outro pessoa:
«-Um cházinho de “Loureiro” e isso passa ok.
A não ser que prefiras andar sempre com a “Vara” na boca.»
Àparte os trocadilhos, até porque até prova em contrário nem Vara ficou com 10 mil euritos nem Loureiro sacou uns milhõezinhos de contos, tostões e milhões como dizia o outro, eu acho que antes de tudo poderíamos reflectir sobre o 1º Crime já comprovado. Qual é ele, perguntam os apedrejadores?
É aquele que está a ser sistemática e diáriamente cometido pela própria..Justiça!
Ao violar o Segredo de Justiça, a Justiça portuguesa não se dá ao respeito e não zela pelo seu “bom” nome.
É evidente que o povo ao ver a Justiça actuar assim criminosamente, ela própria a violar toda a ética e conduta, é óbvio que o povo percebe que ela está a ser orientada contra partido(s) e pessoa(s) em concreto.
Com a sociedade da informação actual, onde tudo é escrutinado só um parvinho é que não entende. Óbvio.
Tudo é escrutinado?
De certeza?
Absoluta?
Também não deixa de ser interessante que quem lê os comunicados à imprensa seja sempre o próprio juiz presidente do tribunal da comarca. Será que o Meretissimo Juiz Paulo Brandão também anda à procura de protagonismo?
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