A palavra aos leitores

De e-mail de Manuel T., de Santa Maria da Feira:

'Era suposto que uma “operação furacão” pusesse tudo ao léu: caras, nomes, cargos, empresas e ligações políticas – mas tal não sucedeu, até no semanário de referência que pontualmente dava a saber que a coisa estava a andar...
Assim como era suposto que uma “face oculta” escondesse tudo entre as caras e as ligações políticas – mas verificou-se o contrário...
Num e noutro caso, o problema de sempre: “violação do segredo de justiça” - e linchamento de pessoas na praça pública”, isso graças à prestimosa colaboração informativa de uma classe onde a “cunha” apareceu, em estudo recente, como a porta mais fácil e imediata para acesso à profissão ...
Longe vão os tempos em que o Inspector das Polícias, Maximiano Rodrigues, dizia que a Polícia Judiciária andava “em roda livre” e um canal de televisão reportou o regresso ao país, qual vítima merecedora do estatuto de herói, de um corretor da bolsa alvo de sentença judicial ...
Segundo um autodenominado defensor da ética, que mais uma vez não se coibiu de usar a televisão pública para manter em “banho maria” uma candidatura partidária, é forçoso acelerar as investigações.
Por mim, que não percebo nada destas miudezas, basta-me que as televisões digam que os arguidos vão ser inquiridos para a semana – depois de os seus serviços noticiosos terem garantido que essas pessoas são mesmo criminosas...
Pelo caminho, a menina Marrafa da RTP 1 afirmou que o “sucateiro de Esmoriz” é o “típico industrial do norte” – sei lá se esquecida de que o maior industrial do norte, e do país, veio de pai carpinteiro e dá-se pelo nome de Belmiro de Azevedo...'