Manuel Caldeira Cabral mostra aqui que a situação está a melhorar. Mas, depois de sublinhar a importância das medidas entretanto tomadas, põe o dedo na ferida:
- “No fim são as empresas que exportam. O apoio do Governo pode criar melhores condições, a diplomacia pode facilitar, mas tem de haver nas empresas a determinação e o empenho em conseguir ter competitividade e qualidade para exportar, e em partir à conquista de novos mercados.
É importante interiorizar a ideia de que os sectores de bens não transaccionáveis, dependentes apenas do crescimento do consumo nacional, não são a melhor aposta. Era interessante ver os grandes grupos portugueses, que na década de noventa se viraram mais para a distribuição e o imobiliário, voltarem à produção industrial, ou a serviços transaccionáveis. O seu contributo pode ser determinante para relançar as exportações e para atrair projectos de investimento com forte valor e enraizamento em Portugal.”
1 comentário :
Boa tarde
Deixo abaixo cópia de um post sobre este artigo do meu blog www.kambaia.blogspot.com
Manuel Caldeira Cabral, em artigo de opinião de 14 de Janeiro de 2010, traça a estratégia para aumentar as exportações das empresas portuguesas.
Lembra que os mercados tradicionais das empresas portuguesas (Espanha, França e Alemanha) não são aqueles que oferecem melhores oportunidades. Qual é a sugestão - bem, são várias.
Angola é um exemplo. Mas há mais. O Magrebe. A América do Sul e em especial o Brasil. E a Ásia, mercado que está em expansão.
Li outro dia que a chave de uma boa estratégia empresarial consiste em escolher onde jogar e como ganhar. Isto é uma generalidade, mas nem esta regra simples este ilustre professor da Universidade do Minho consegue seguir. Qual é a utilidade de escrever um artigo no qual se aconselha as empresas adiversificar para depois indicar que há oportunidades em todo o mundo?
Trata-se de mais um mal português, essa mania de saltitar de uma pequena coisa para a outra. Que seria das empresas se seguissem os conselhos do professor? Alemanha, Espanha e França não crescem? Bem - vamos para Angola. E quem diz Angola diz Brasil onde também se fala português. E porque não o Magrebe, que é aqui ao lado? E não esquecer a Ásia, que cresce brutalmente.
Angola é um país complicado para fazer negócios. Existe um real ressentimento contra os estrangeiros e sobretudo, portugueses. Ainfra -estrutura é má. O Brasil é um mundo totalmente diferente de Portugal e um continente. O Magrebe tem costumes próprios e uma cultura diferente da Europa. A Ásia éultra-competitiva em produtos industriais.
A estratégia implica escolha. Se as empresas seguissem as sugestões do professor decerto não iriam para parte nenhuma.
O autor também fala sobre a importância dos bens transaccionáveis um argumento válido - mas já batido. O blog Câmara Corporativa chama a atenção para este argumento no entanto, não se pode dizer que seja novidade.
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