segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Crespologia (um tentativa de abordar a coisa, sem partir o côco de riso)

É dificil escrever sobre Mário-Crespo-mártir-da-liberdade-de-imprensa sem segurar o riso na barriga, mas vale a pena tentar.

1. Crespo não existe. Crespo apoderou-se de um espaço horário de uma estação de televisão por cabo, de ínfima audiência. A influência do Crespo é inferior à estatura moral de um delator de supostas conversas alheias conhecidas através de alegados terceiros (!). O povo sabe lá quem é o Crespo.

2. Crespo deve ser preservado. Em toda a sua integridade. Os noticiários do Crespo dão vontade de rir e o riso dá saúde e faz crescer.

3. Crespo tem um passado que fala por si. Crespo tem, na realidade, vários passados que falam por si.

4. Crespo é um motivo de orgulho para o Instituto Francisco Sá Carneiro. Isso dá vontade de rir, como os noticiários de Crespo, e deve ser preservado, como o Crespo.

(a continuar, se houver paciência...)

6 comentários :

A. Moura Pinto disse...

Boa malha...
Eu tb já o tinha prendado aqui, porque o merecimento de Crespo é enorme...
http://azereiro.blogspot.com/2010/02/nao-lhe-facam-esse-favor.html

FM disse...

Mais um caso para se falar toda a semana, mais um caso que em nada contribui para o crescimento de Portugal e para a resolução dos nossos problemas.
Como qualquer lance de grande penalidade discutível, vamos assistir ao dirimir de argumentos a favor e contra, vamos ver as mais variadas repetições, dos mais variados ângulos (os vários actores políticos a tentarem capitalizar em si os estilhaços de mais uma bomba) e no fim cada clube manterá a sua visão inicial.
Pessoalmente, a minha opinião sobre Mário Crespo é já desde há muito tempo negativa, pois enquadra-se naquele tipo de jornalistas que na sua condição de apresentador de noticiários frequentemente opina e toma partido de um dos lados. Se fosse comentador tudo lhe seria permitido e nada deveria ser criticado, apenas representaria a sua visão e opinião, como apresentador deverá ser imparcial e apartidário.
Feito este ponto prévio, parece-me que esta história, que tomo como verdadeira, não passa de uma exponencialização de um facto sem importância. O Primeiro ministro e mais dois colegas teriam falado sobre o jornalista, opinado sobre ele e até proposto o seu fim jornalístico. Mas afinal quem, à mesa de um restaurante com amigos, não dissertou já sobre as mais altas figuras do estado, quem não lhes diagnosticou o fim, programou “armadilhas” possíveis em que os mesmos caíssem? E o Sr Mário Crespo, quantas vezes nas suas crónicas do JN não apelidou os agora intervenientes de palhaços, quantas vezes não os catalogou como autênticos “mafiosos” sem ética. A mim ensinaram-me que a minha liberdade acaba quando violo a liberdade dos outros.
Concordo também que a não publicação pelo JN atribuiu novos contornos ao incidente, dando-lhe contornos de asfixia e controle dos meios de comunicação. Penso até que nem sequer foi preciso telefonemas de assessores para o director, penso que este deverá ter pensado que a ferida que estaria a abrir poderia sangrar o seu jornal de fundos para publicidade. Este é o grande poder de influência que o dinheiro exerce e que Mário Crespo também não está imune, pois trabalhando para a SIC decide publicar o artigo no Instituto Francisco Sá Carneiro (nada ligado ao PSD) e não no seu empregador, com maior exposição e maior impacto. Ou será que também a direcção de Informação da SIC também não quis avançar com o que chamamos vulgarmente de “conversas de café”? É só um palpite mas “cheira-me” que Mário Crespo estará em muito pouco tempo a escrever no Expresso ou no Sol. Sim porque também ele beneficia com esta polémica pois ganha protagonismo e VOZ.

PS. Depois de escrever o post ainda fui navegar mais qualquer coisa e o que encontrei? No Expresso a notícia que Mário Crespo vai publicar um livro com todas as suas crónicas e "O fim da Linha" encabeça a lista. Foi mais rápido com que eu esperava....
FM

Cristiano disse...

Por acaso a SICN é a tv com mais audiência no cabo...
Já vi que o João Magalhães não vê problema nenhum que um jornal publique um email pessoal entre jornalistas de outro jornal, fazendo dessa publicação uma NOTICIA, mas escrever um ARTIGO de OPINIÃO acerca de uma conversa, em que falavam do próprio, fazem do comentador, um delator...
Acho que tem de facto razão, haja paciência...

Anónimo disse...

Ó senhor Cristiano...já demos para esse peditório.
Ao menos faça o favor de não julgar todos como burros...

António P. Castro disse...

"Crespo não existe".
Francamente, francamente, quem me parece que não existe mesmo é o autor deste post.

Cristiano disse...

Ó senhor anónomo...
Tem que me explicar melhor, não percebi onde é que eu julguei alguém como burro.