quinta-feira, março 11, 2010

Atentado contra o Estado de direito: mais um contributo sobre a "contaminação"



Os leitores devem estar lembrados do indecoroso espectáculo em torno das pressões de Lopes da Mota: os sindicalistas do Ministério Público andaram meses a saltitar de televisão em televisão, espectáculo coroado com uma audiência concedida pelo Presidente da República ao Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. Foi instaurado um processo de inquérito ao procurador Lopes da Mota (e, em seguida, um processo disciplinar), que obrigou o magistrado a demitir-se da presidência do Eurojust, cargo nunca antes ocupado por um português.

O insuspeito i conta hoje a história toda. Como uma inócua conversa entre amigos é transformada numa intolerável pressão sobre o Ministério Público pela mão do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. Sabe-se agora que se tratou de uma “estratégia de política sindical”, como a qualifica o instrutor do processo disciplinar, levada a cabo por António Cluny, esse quadro da UEC/PCP quando jovem, que, mais recentemente, se assumiu como “consultor para a justiça” de anteriores presidentes do PSD.

A coligação negativa é uma ficção, não é?

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Nota — Paulo Pedroso também escreve sobre este episódio: No país dos mexericos, as agendas ocultas têm muita força.

1 comentário :

jv disse...

Que tristeza de magistrados...