quinta-feira, março 11, 2010

O Lomba (de hoje) ainda não se apercebeu de que o PSD já não é bem um partido

Pode tratar-se apenas de um lobbying tão desajeitado que queima Vítor Bento. Mas a verdade é que, a esta última batalha da presidente do PSD, parece faltar-lhe argumentos para entregar a cadeira de Vítor Constâncio ao presidente do Multibanco. Que é que o recomenda? Ser conselheiro de Estado por escolha de Cavaco Silva? Ter um mestrado em filosofia (na Católica, o que pode explicar a simbiose entre economia e moralismo)? Ter sido promovido “por mérito” no Banco de Portugal, estando a trabalhar na SIBS?

Talvez a Dr.ª Manuela se tenha deixado seduzir pelas divagações de Vítor Bento acerca da economia portuguesa. Ele tem, de facto, uma receita — de que, aliás, nem sequer pode reivindicar os direitos de autor — e não se cansa de a repetir todas as semanas em todo o lado: é preciso reduzir os salários dos trabalhadores portugueses. Ainda hoje o diz no Jornal de Negócios:
    "Não sendo expectável um dramático [sic] aumento da sua produtividade, a única forma de estes países reganharem competitividade no curto prazo é através de uma deflação relativa: isto é, e simplificadamente, os seus preços (e custos laborais) terão que baixar relativamente aos preços (e custos laborais) médios da zona euro."
Ora, tinha aqui remetido o leitor para um conjunto de textos em que é analisado o pensamento bentiano. E agora aproveito para relembrar que o Prof. João Ferreira do Amaral fez umas contas e desmontou, num ápice, a ladainha da personalidade que o PSD quer como governador do Banco de Portugal:

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