Para acabar de vez com a democracia

[não é completamente seguro que o Campos e Cunha que hoje 

esteve nas Jornadas Parlamentares do PSD seja o Campos e Cunha]

Se o corte à bruta - "A cru. Sem explicar nada. Ou melhor, explicando que ou é assim ou não é. Não querem, então não se faz" - dos salários da Função Pública, algures entre 15 e 30% (!), defendido por Ernâni Lopes, já constitui um bom princípio de um programa eleitoral do PSD, as ideias levadas às jornadas parlamentares por Campos e Cunha não devem ser menosprezadas.
E já nem é preciso referir aquela coisa estranha dos salários dos políticos serem calculados a partir do IRS, "mais 25% em cima, ou 10%, ou 15%" [curioso: dois economistas e nenhum deles consegue dar um número exacto, é tudo a olho...].
Rezam a notícias que Campos e Cunha propôs que as direcções dos partidos pudessem escolher dois dos seus deputados, para estarem sempre representadas no Parlamento, independentemente do momento em que fossem eleitas internamente.
Segundo as notícias, a proposta - que acabaria de vez com a democracia representativa - suscitou um "burburinho" entre os deputados presentes. Não se sabe se de puro espanto, se de aprovação: "Como é que ainda não nos tínhamos lembrado disso, temos que dar a ideia à comissão de revisão constitucional".