- ‘O liberalismo do medo torna-se, deste modo, uma verdadeira patologia. Impede--nos de acreditar que se possa alcançar uma sociedade aberta e sustenta a ideia de que vivemos acossados por criminosos e sitiados por inimigos – sejam reais ou imaginários. Assim, a pretexto de garantir a nossa máxima protecção, acaba por abrir caminho a soluções autoritárias.
Pelo contrário, um liberalismo da esperança preocupar-se-á, sobretudo, com a máxima realização dos direitos de cada um em articulação com os direitos dos outros. Este liberalismo procura consensos que aumentem a liberdade geral. Aposta no desenvolvimento da pessoa e não se baseia na desconfiança constante e sistemática em relação aos outros.
No Direito Penal, o liberalismo da esperança também propõe que o Estado intervenha para controlar as tendências mais graves e inquietantes da criminalidade. Mas fá-lo apostando na prevenção e no efeito positivo das penas e recusando o lamento impotente perante o crime ou a ideia de que democracia e autoridade são realidades incompatíveis.’
1 comentário :
Desculpe, Minha Senhora, mas não há liberalismo do medo, liberalismo só há um, o do Passos e mais nenhum...
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