- “Se analisarmos a atual polémica sobre o próximo Orçamento entre nós, é fácil ver que, enquanto o PS defende a leal implementação do programa de consolidação orçamental acordado com Bruxelas, mediante uma equilibrada distribuição de encargos entre o aumento da receita e a redução da despesa (incluindo a enorme despesa com subsídios e reembolsos fiscais), o PSD insiste em agravar o corte da despesa já previsto (excluindo o corte na despesa fiscal...), o que só poderia ser compensado com uma opção muito mais severa e drástica na despesa pública com a sustentação do Estado social, nomeadamente com o sistema de saúde, a proteção social e a educação.”
- Vital Moreira, no Público de hoje (sem link)
Neste singelo parágrafo, Vital Moreira mostra que o ataque ao Estado Social não é apenas um fantasma agitado pelo PS, como pretendem convencer-nos os actuais líderes laranjas, votando à orfandade uma revisão constitucional da qual há poucos meses diziam ser pais extremosos.
Na realidade, o afã neoliberalizante do PSD de Passos Coelho manifesta-se em todas as opções, ainda que, sem a solenidade de uma revisão constitucional, estas passem mais discretas e menos marcadas ideologicamente. Mas não são. Estejamos, pois, de olhos abertos.
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