- ‘(…) na sequência da revolução do 25 de Abril de 1974 e, sobretudo, a partir da criação do Centro de Estudos Judiciários, os magistrados desfizeram essa aliança, criaram sindicatos e voltaram-se unicamente para a defesa dos seus interesses egoístas. Perderam o sentido de serviço público próprio das suas funções e assumiram-se unicamente como poder - um poder ilimitado e sem qualquer escrutínio democrático. Sentindo-se donos da justiça e senhores dos tribunais, eles desfizeram a tradicional aliança com a advocacia e passaram a tratar os advogados com arrogância, prepotência e mesmo com hostilidade e desprezo.
Unidos pelas mesmas reivindicações (os velhos privilégios corporativos) perante o mesmo patrão (o estado de direito), as magistraturas judicial e do Ministério Público afundaram-se numa vergonhosa promiscuidade funcional. A desjudicialização da justiça e o aumento das custas judiciais são também consequências directas dessa degenerescência.’
5 comentários :
Marinho Pinto, sem dúvida uma das vozes mais esclarecidas.
Era bom que todos os candidatos a Presidente,não se acorbadassem e falassem da sua justiça. Os prejuizos causados pela má justiça que temos,devem andar no seu valor, nas "bordas" da economia paralela.
A nossa justiça é o maior obstáculo ao bom funcionamento do país.Sempre ficaram impunes,e brincam com o resto dos cidadãos.Mas isso vai acabar.Não há mal que sempre dure.A Revolução já começou,agora cuidem-se.Estamos cá para ver como se comportarão daqui em diante.
Marinho e Pinto, quem é?
Os portugueses sabem quem é Marinho Pinto,um homem preocupado com a sua profissão e o seu Pais. Essa pergunta devia ter sido feita ha anos,quando estava a tratar da vida dos advogados, o maior traoliteiro e reacionário deste pais de nome Pires de Lima.Se a classe se revia neste senhor,Marinho tem muita pedra para partir pelo caminho, para mudar a mentalidade de muita gente sem principios.
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