terça-feira, fevereiro 01, 2011

Freak show — a sequela



A proposta de revisão constitucional do PSD deixou, num primeiro momento, o país apreensivo. Depois, quando o país se apercebeu de que se tratava de uma brincadeira de mau gosto, a proposta teve o condão de provocar uma gargalhada generalizada. O PSD escondeu então o projecto e já não aparece de peito feito. Agora, o PSD comporta-se como um franco atirador que escolhe alvos precisos. É a mesma política por outros meios. Em poucos dias, soubemos que a São Caetano pretende:
    • Encerrar as empresas públicas deficitárias, ou seja, as de transporte de passageiros e mercadorias e os hospitais;
    • Reduzir o âmbito do passe social nos transportes públicos;
    • Implodir o Ministério da Educação por ter tido desplante de querer reduzir a subsidiação de alguns colégios privados.
Em relação à situação dos funcionários públicos, o PSD ensaiou um estratagema curioso. Arrastou até Braga o Zé Manel Fernandes, que nunca desilude:
    Se outros países despediram trabalhadores da função pública, de que está à espera o país para fazer o mesmo?
Depois, surge Passos Coelho a fazer o papel do pide bom:
    Bem, se se fizerem reformas que eu entendo necessárias, talvez seja possível evitar os despedimentos.
Passos Coelho só se esqueceu de um pormenor: explicar o que faria aos trabalhadores da função pública se o Estado fosse reduzido à sua expressão mais simples.

3 comentários :

Anónimo disse...

Provavelmente enfiava-os no Campo Pequeno. Não foi o Cavaco que lamentou ter de esperar que os funcionários públicos morressem? PPC far-he-á a vontade com muito prazer.

Passos Falsos disse...

O PSD é um caso dúbio. O jogo deles é não mostrar o jogo. Se quiserem saber o que propomos aos portugueses, primeiro votem em nós e depois sabem-no.
Esta verdade já escapou de um deles aqui há pouco tempo.

MFerrer disse...

São é um grupo de irresponsáveis aventureiros:
Ora vejam:
retirar funcionários/
enferneiros/
militares/
E enviá-los para a Segurança Social a receberem a pensão, a que têm direito, que raio de economia é esta?
Esta direita está é torta!