quinta-feira, março 24, 2011

Agora que eles brincam fora do pátio da São Caetano, quem paga a factura somos nós

Miguel Relvas, esta manhã, disse à TSF: “Ainda anteontem ouvi na TSF a Fitch a dizer que a crise política não é razão para que se venha a verificar o incumprimento em primeiro lugar das contas e o aumento dos juros. E é uma instituição sólida e respeitável, a Fitch.”

No mesmo dia — ou seja, hoje —, a Fitch anunciou um corte de dois níveis no rating de Portugal (de A+ para A-), ameaçando novas reduções. As ideias-chave para o corte levado a cabo pela agência de rating são os seguintes:

    O corte do rating é justificado com a crise política em Portugal, depois de o chumbo do PEC, ontem no Parlamento, ter provocado a demissão do Governo.  “A revisão em baixa reflecte os riscos acrescidos em torno da implementação das políticas e do financiamento do défice à luz da inviabilização, pelo Parlamento português, das medidas de consolidação orçamental e da demissão do primeiro-ministro”, argumenta Douglas Renwick director da Fitch para o "rating" de soberanos.
     A agência escreve que o facto de o Parlamento português ter inviabilizado as novas medidas de austeridade, levando à demissão do Governo, aumenta “significativamente as hipóteses de Portugal pedir assistência multilateral num prazo próximo”. 
      “A incapacidade do Parlamento aprovar as medidas (PEC IV), e a incerteza política decorrente, enfraqueceu a credibilidade do programa português de reformas orçamentais e estruturais”. “Dada a falta de melhoria nas condições de financiamento, a Ficht não assume mais que Portugal consiga neste ano aceder aos mercados a taxas comportáveis”, avisa a agência de notação. 
    A agência Fitch alerta ainda que sem um pacote de apoio financeiro credível do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia, Portugal sofrerá novo corte de rating, possivelmente em vários níveis, nos próximos meses.


      Agarrem-se que a imaturidade dos estroinas da São Caetano vai fazer-se sentir nos nossos bolsos.


      Nota: publico na caixa de comentários o texto em inglês que dá conta da decisão da Fitch.

      6 comentários :

      Miguel Abrantes disse...

      FITCH DOWNGRADES PORTUGAL TO 'A-'; ON RWN

      Fitch Ratings-London-24 March 2011: Fitch Ratings has downgraded Portugal's Long term foreign and local currency Issuer Default Ratings (IDR) to 'A-' from 'A+' and Short-term IDR to 'F2' from 'F1' and placed them on Rating Watch Negative (RWN). The agency has affirmed the Country Ceiling at 'AAA'.

      "The downgrade reflects increased risks to policy implementation and fiscal financing in light of the Portuguese parliament's failure to pass fiscal consolidation measures and the resignation of the Prime Minister on 23 March," says Douglas Renwick, Director in Fitch's Sovereign group.

      Fitch previously stated on 23 December 2010, when it downgraded Portugal to 'A+' with Negative Outlook, that additional fiscal measures may be necessary to secure this year's ambitious deficit target (4.6% of GDP). The failure to pass such measures yesterday and the ensuing policy uncertainty has weakened the credibility of Portugal's fiscal and structural reform programme. It has therefore significantly increased the chances of Portugal requiring multilateral support in the near term, given its impaired ability to retain affordable market access.

      Fitch judges the risks to fiscal financing have increased since it last reviewed Portugal's rating on 23 December 2010. The government has raised EUR12.0bn in bonds and T-bills over the year to date (YTD), plus another EUR1.3bn in privately placed notes. However, this compares with EUR10.8bn in T-bill redemptions YTD, a sizeable budget deficit, and a further EUR4.3bn and EUR4.9bn in bond redemptions in April and June, respectively. "Given the lack of improvement in financing conditions, Fitch no longer assumes Portugal can maintain affordable market access this year under its baseline scenario," adds Renwick.

      The RWN indicates a heightened probability of a downgrade over the next three to six months. In the absence of a timely and credible economic and financial support programme agreed with the IMF and EU, Portugal's sovereign rating would likely be downgraded, possibly by more than one notch. The outcome of the RWN will also be influenced by the agency's assessment of the economic and budgetary outlook, including the potential fiscal cost of strengthening the capital position of the Portuguese banking system.

      Anónimo disse...

      amanhã votam a desavaliação para caçar votos aos profes

      Anónimo disse...

      Mantendo o Inglês: "We are fucked!!!"

      Portas e Travessas.sa disse...

      Os putos da S. Caetano são uma de aldrabilhas

      Anónimo disse...

      Vão-se afogar só com o cheiro do POTE.

      Anónimo disse...

      O fantasma ainda vai ficar com a fava entalada.