quarta-feira, março 23, 2011

A crise política aberta pelo PSD anula, de um só passo, todo o esforço desenvolvido até agora: qual a alternativa que Passos tem (já) para amanhã?



Teresa de Sousa, hoje no Público:
    (…) Não se sabe ainda como reagirão os nossos parceiros à nova condição em que o primeiro-ministro chega a Bruxelas nem em que medida isso afectará as negociações do Conselho Europeu. Mas uma coisa é certa: a crise política aberta pelo PSD anula, de um só passo, todo o esforço desenvolvido até agora. (…) Tínhamos ao nosso alcance uma bóia. Conseguimos o feito, verdadeiramente histórico, de optar por um naufrágio. Quisemos afastar o destino da Grécia. É esse, porventura, o destino inevitável que nos espera. (…) Passos Coelho deve ao país uma clarificação urgente sobre todas estas interrogações. Tem de dizer o que pensa que vai acontecer no Conselho Europeu e como é que tenciona lidar com a situação. Não no médio prazo, que é o que corresponde às suas ideias sobre as reformas de que o país precisa para sair deste garrote financeiro e económico. Essas conseguem compreender-se. Mas no curto prazo, que por sinal é já amanhã. O dia seguinte ao Conselho, quando não conseguirmos honrar os compromissos da dívida e nos mandarem recorrer imediatamente ao fundo. Na versão a que tivermos direito. Provavelmente aquela que virá acoplada a um PEC bem mais duro.(…)

7 comentários :

Anónimo disse...

Já chega:
Nunca é o momento oportuno para derrubar este governo, porque colocou Portugal sempre com a corda na garganta. Falha metas que ele próprio estabelece; parece que mentiu nas contas que enviou a Bruxelas; temos mais desemprego, vamos entrar numa recessão económica, mais inflação, mais impostos, menor justiça social; menos investimeno público e privado, em menos de um ano apresentou um orçamento e 4 PEC´s um a rectificar os outros. Agora dêem-me uma boa razão para um simples cidadão como eu não achar bem que a queda deste governo sem um mínimo de lamento.
Paulo Alves

Luís Lavoura disse...

É preciso compreender que é precisamente isso que o PSD deseja: que nos mandem "recorrer imediatamente ao fundo" e que nos imponham "um PEC bem mais duro", pois é precisamente esse PEC que permitirá implementar, de forma não escolhida mas sim imposta, as políticas que o PSD - ou pelo menos a sua ala mais radical - defende: despedimentos na função pública, despedimento livre sem justa causa, privatizações a eito, etc.

Anónimo disse...

Passos Coelho sabe que no PSD quem não se chega ao POTE tem um prazo de validade limitado.

Anónimo disse...

O ataque ao PEC vai ser liderado por mais uma titular de várias reformas milionárias - a ética política não deveria levar a uma declaração de interesses?

Anónimo disse...

é o pote meus senhores, é o pote a origem desta crise

o PSD quer lá saber dos portugueses, do país, de quem quer que seja;

querem atirar-se ao pote como gato a bofe

FB disse...

Merkel, Barroso & C.ia, discutem com Sócrates mas jogam com Passos Coelho, são do mesmo partido, têm interesses semelhantes, e querem varrer da Europa qualquer vestígio de socialismo e políticas solidárias. A estratégia deles passa pelo PSD, e o mais liberal.
Mais acima, numa frase Luís Lavoura diz tudo.
Segundo a expressão consagrada, o povo vai ter aquilo que merece. Não merece certamente tão duro futuro, mas pelo menos vai ter aquilo que o PSD quer que tenha.

Anónimo disse...

Para o anónimo das 12.00 : pode não perceber agora, mas daqui a um mês vai perceber , e á bruta , porque é que o mal que tinhamos era infinitamente melhor que o que vamos ter daqui para a frente...De si não vou ter pena nenhuma, já de quem ainda neste pais têm os olhos abertos...