O comunicado tem pelo menos duas curiosidades:
- - primeiro, revela exactamente o que o PSD pretendia fazer se pudesse governar: atacar o state-financed employment que o Governo continua (aparentemente) a proteger. O relevante aqui, para europeu ler, é o PSD falar de emprego público - ou, mais literalmente, "emprego financiado pelo Estado" -, e não de "desperdício do Estado" ou dos "consumos intermédios" (como sempre faz). Por outras palavras, o PSD considera que o problema está no facto de o Governo não ter ainda despedido largos milhares de funcionários públicos. É pena que o PSD não fale com tanta clareza em português para os eleitores. A "política de verdade" não aguenta tanto doublespeak.
- segundo, o PSD diz que todo este processo pode ter um final feliz se permitir a constituição de uma "broad coalition for change" que "would improve the political legitimacy of such a program". Como e com quem? Nada é dito. O PSD quer provocar eleições num contexto de emergência, mas não é capaz de admitir mesmo para os líderes europeus (ao contrário desta interpretação do documento), que deve tomar por parvos. Também para quem o lê lá fora, o PSD não quer ficar com o ónus de quem provoca eleições.
- Contributo do Pedro T.
7 comentários :
Por é que prometeu ao Guinote acabar com a avaliação.
Os professores públicos vão à vida. Cheque ensino para os privados.
E o guinote todo contente por ter papado um jantar e acabado com a avaliação.
E como é que diz RASTEIRA em inglês?
Pelo que se percebe, eles até propõem uma dosse mais dura de medidas, mas tudo depende de se chegarem ao pote.
apresentaram uma carta de intenções a Bruxelas e aos mercados ANTES de a apresentar a Portugal e aos Portugueses?
ao menos podiam traduzi-la, nem toda a gente deste cantinho à beira mar plantado sabe falar estrangeiro.
"Rasteira" em Inglês é "POTHOLE"!!! Que coincidência. Lá está o 'pote' mas com um buraco(hole)!
Achei interessante neste blogue(até onde li) poder substituir as siglas PS por PSD e PSD por PS, sem que daí resultassem prejuízos de semântica. Doublespeak? Double entendre!
Propalam que nessa "grande coligação" incluiriam, entre outros, o PS. Mas que lógica é essa de contar com a boa-vontade daqueles que tinham acabado de rasteirar? Primeiro atiram-se as pedras lá do alto de um castelo feito de sondagens, com arrogância e absoluta intransigência, e depois há que esperar, como se fossem favas contadas, com a colaboração do agredido?
É uma proposta absurda. Sem consistência.
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