domingo, maio 01, 2011

A falta que um tribunal plenário faz

• João Pinto e Castro, Já são gaffes a mais:
    Catroga quer que o governo seja levado a tribunal - um claro progresso em relação à ideia de suspender a democracia por seis meses, visto que o julgamento dos políticos equivaleria a cancelar a democracia liberal de uma vez por todas.

    Esta ideia de colocar sob a alçada do poder judicial as ideias políticas que nos incomodam chama-se ditadura e já foi experimentada entre nós quando Catroga era um pouquinho mais novo - admitindo que uma pessoa com o perfil psicológico dele alguma vez tenha sido nova.

    Acho que é altura de que quem no PSD se choca com estas coisas venha a público questionar as repetidas declarações de dirigentes do seu partido que de uma forma ou de outra evidenciam falta de cultura democrática.

    É que não estamos a falar de Miguel Relvas, Marco António ou Alberto João Jardim, mas de Eduardo Catroga e Manuela Ferreira Leite. Mais respeitável que eles, ao que nos dizem, não há.

    Vamos continuar a fingir que se trata de gaffes de tontos que não sabem o que dizem ou deveremos antes concluir que, de facto, prefeririam viver numa sociedade em que para as suas políticas prediletas triunfarem não tivessem que submeter-se ao sufrágio popular?

3 comentários :

Anónimo disse...

No PSD são todos assim.Não há nada a fazer.É um partido de escumalha.

josé neves disse...

Caro JPC,
Enquanto o país não se libertar desta mentalidade educada e banhada deste sucedâneo cultural salazarista que é foi o cavaquismo, será muito difícil avançar para a modernidade futura.
Tal como o salazarismo criou um paraíso aberto apenas aos próprios o cavaquismo criou uma espécie de condomínio fechado aberto aos pretendentes ao enriquecimento à sombra do poder do Estado, sob o ar democrático em democracia.
A mentalidade catroga, a tal que leva os próprios às lágrimas, está no medo, face à iminência da falência, e perda do Estado-garante de seus altos estatutos adquiridos enviezadamente mas auto-considerados muito legais e, sobretudo,muito legítimos e muito correspondentes aos seus auto-estimados e considerados valores e qualidades.
O desaparecimento do tal Estado que auto-criaram ao seu serviço, mete- lhes medo que os leva ao choro como a uma criança a que se tira o seu brinquedo preferido.

Teófilo M. disse...

Gostei mais quando o vi comovido quando ía falar sobre a obra que tinha feito quando era ministro das Finanças! Se calhar lembrou-se que se abria o bico sobre o assunto os tribunais fechavam por excesso de clientes.