As farófias ficam por conta do outro
Ontem, a revista do DN (e do JN) trazia uma reportagem sobre Miguel Relvas. Da sua leitura fica-se com a sensação de que o PSD é um saco de gatos em que todos conspiram contra todos: “O Pedro sabe que estou a fazer tudo para que ele seja primeiro-ministro e também sabe que devo ser a única pessoa no PSD não quer o lugar dele.”
A forma como o próprio Miguel Relvas se gaba de ter concebido o assalto de Passos Coelho à São Caetano põe em relevo que tipo de gente é aquela que domina o maior partido da direita:
- ‘Verão de 2007. Marques Mendes e Luís Filipe Menezes preparavam-se para uma luta fratricida pela chefia do PSD e Miguel Relvas já antecipava um fim inglório para ambos. Convidou Pedro Passos Coelho a sentar-se numa mesa discreta do restaurante Il Gattopardo, em Lisboa, junto às Amoreiras, e disparou: «Isto tem todos os ingredientes para correr mal e o PSD vai fechar um ciclo. Não achas que está na hora de voltares à política para liderares um projecto novo?»
Hoje, Miguel Relvas ocupa um gabinete no número 9 da Rua de São Caetano à Lapa. No gabinete existe uma aparelhagem de som. No topo de uma pilha de discos repousa Mamma Mia. É uma das bandas sonoras que utiliza antes da habitual sesta diária de 15 minutos. Coloca os pés em cima da secretária e deixa tocar em fundo a mesma canção dos ABBA que tinha na cabeça naquele encontro quando desafiou Pedro Passos Coelho para se assumir como líder do PSD. «Voulez-vous? Ain't no big decision, you know what to do, la question c'est voulez-vous, voulez-vous?» Foi, afinal, esse o desafio que lhe lançou, mas fê-lo em português. «Queres ser líder do PSD e primeiro-ministro de Portugal?» Isto era mais do que uma pergunta: era uma proposta de aliança. «O Pedro tem esta certeza sobre mim: sabe que farei tudo para que ele ganhe e sabe que nunca mais trabalharei por ninguém assim no PS», garante agora, sentado na varanda do gabinete.’
- ‘Agora, a São Caetano à Lapa é de Passos Coelho e dos seus acólitos. E, entre estes, Relvas é o que goza de mais proximidade e até intimidade com o líder. O suficiente para que, num dia difícil em que acabou de chegar de um encontro viril com José Sócrates por causa do resgate financeiro do país, Passos atire despreocupadamente ao amigo: «Tens o cabelo diferente, Miguel. O que é que fizeste?» Interrompendo a combinação do habitual almoço com Miguel Macedo, o secretário-geral do PSD ensaia uma resposta de algibeira: «Mudei de shampô, deve ser isso. Mas já se nota?» O líder sorri, com a franqueza só possível em dois amigos de longa data. «Não é isso, o cabelo está diferente», e os dedos avançam à frente das palavras na direcção da cabeça do secretário-geral. «Estás a dizer que estou melhor?» Passos concorda: «Se era para ficares melhor, ficaste.» Riem os dois.’
8 comentários :
Os disparates continuam
http://itsprstupid.blogspot.com/2011/05/o-novo-hino-do-psd-e-ridiculo.html
Sempre agarrado ao tacho...
O próprio hino deles está uma delicia... O slogan é: "Está na hora de mudar... o Passos Coelho!" Juro que não estou a inventar, está no site deles e tudo e o Público já noticiou mas depois corrigiu e diz que o que está na letra, entretanto metida à bruta nos sites do Público e no psd2011.pt é está na hora de mudar com Passos Coelho. Enfim e assim vão cantando e rindo
Se não fosse tão baixo este nível de conversas vinda de pessoas que querem estar à frente da governação de um país seria talvez razão para rir do pobre coitado.
É este o tipo de pessoas que quer vir a governar um país quando não tem sequer categoria para dirigir uma mercearia de província.
Volta Ribau, estás perdoado (?)
FUTILIDADES
não sabemos se devemos rir ou chorar
É melhor rirmos agora, porque se estes destrambelhados chegam a governo, aí é que vamos chorar meus amigos.
Enviar um comentário