Shame on you, Passos Coelho!

O FT não costuma acolher artigos tão branqueadores da crise internacional

Há limites! As discussões travam-se dentro de casa e não no meio da rua, para todos os vizinhos ouvirem. Passos Coelho, está mais que visto, não consegue ganhar qualquer discussão dentro de casa e então vai para o estrangeiro fazer queixinhas. Ao fazê-lo, está a prejudicar-nos a todos. Cada vez que um responsável político nacional vai para o Finantial Times pôr em causa a credibilidade das nossas contas está a afectar a nossa posição junto dos mercados internacionais e a fazer-nos pagar ainda mais juros. Está, numa palavra, a afundar-nos.

Há quem, por estes dias, esteja a tentar salvar-nos. E há quem, pelo contrário, se entretenha a redigir cartas e artiguinhos em inglês que apenas pioram ainda mais a nossa situação.

Isto não é um Primeiro-Ministro. Um Primeiro-Ministro, quando fala para o estrangeiro, defende sempre o seu país. Um Primeiro-Ministro coloca-se acima dos interesses mesquinhos do calculismo político-partidário e defende o interesse nacional.

Se tem alguma a coisa a dizer, Dr. Passos Coelho, diga-o em Portugal, aos Portugueses e em Português; senão, cale-se e não nos prejudique mais!

Ou em inglês, que talvez Passo Coelho perceba melhor:

Enough is enough, Mr. Passos Coelho. You should put your country first. Instead, in order to achieve political gains, you are jeopardizing the nation's economy and our stance in the international markets. Shame on you, Passos Coelho!

Paulo F.