Sim, os jornalistas vasculham por entre aquilo de que Catroga falou

Por exemplo, nos últimos dias vieram a público notícias verdadeiramente escandalosas sobre negócios ruinosos das Estadas de Portugal (aqui um bom exemplo de como é gerida a empresa). Mas já alguém questionou o Primeiro-ministro sobre as trapalhadas das Estradas de Portugal? Ou apenas interessa discutir pintelhos? 

in 31 da Armada

Vejamos, então:

Fonte oficial do Tribunal de Contas confirma que está em curso uma auditoria ao INiR, mas não se pronuncia sobre os instrumentos preparatórios do relatório. A mesma fonte nega que a proximidade das eleições legislativas tenha influência no processo de aprovação e divulgação da auditoria que, dizem, segue as regras previstas na lei. E sublinha que o relatório só é uma posição do tribunal após deliberação colegial, que na circunstância não existe.

A Estradas de Portugal desmente a informação avançada pela TVI e atribuída à auditoria, de que os juízes que deram o visto aos contratos reformulados fizeram-no sem ter acesso a todos os dados.

A Estradas de Portugal realça que "não prestou qualquer apoio ao governo ou ao INiR sobre processos dessa natureza" e mesmo que o tivesse feito "tal circunstância não dispensaria a necessária audição desta empresa em sede de contraditório".

E - imagine-se - tudo isto apenas numa notícia...



Ou seja, alguém do Tribunal de Contas - como é costume - fez chegar aos jornais os documentos preparatórios de uma auditoria, AINDA ANTES DE OUVIR O QUE TÊM A DIZER OS VISADOS.  Coisas muito dignas de um Estado de Direito.