segunda-feira, junho 20, 2011
A defesa da produção nacional
Estava a deitar fora o Expresso da semana anterior e descobri esta notícia sobre a Lacticínios das Marinhas. Com sede em Esposende, a empresa tem 27 trabalhadores e facturou pouco mais de um milhão de euros em 2010. Além de queijos, produz manteigas, que foram consideradas uma das 13 melhores do mundo pela revista Wallpaper.
A Lacticínios das Marinhas publicou recentemente um anúncio na imprensa a comunicar que os seus produtos deixariam de estar disponíveis nas lojas Pingo Doce e Recheio. A razão para esta ruptura deve-se às pressões do grupo Jerónimo Martins para esmagar as margens de lucro desta PME. A gerente da Lacticínios das Marinhas não podia ser mais clara: “Se tivermos de morrer, morremos hoje. Não vamos estar a morrer aos soluços”. É assim que Soares dos Santos, que domina o mercado da distribuição com Belmiro, defende a produção nacional. Da próxima vez que ouvirem Barreto a tratar Portugal por tu, lembrem-se das palavras de Berta Castilho, a gerente da Lacticínios das Marinhas.
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16 comentários :
pode ser a melhor manteiga do mundo, mas não sabe a manteiga e o queijo rivaliza em paladar com o sabão azul. quanto ao resto, acho que estão cheios de razão, um porque quer vender caro, outro porque quer comprar barato, aqueloutro porque considera que o produto é baril e nosostros que não compramos porque não gostamos do sabor.
Pela primeira vez reconheço um bom artigo do corporações. Acho muito bem que esta situação seja denunciada e que se acabe com a falsa propaganda de consumir Portugûes. A JM e a Sonae nunca quiseram saber disso para nada nem nunca vão querer saber. Não será por acaso que o pingo doce tem um anúncio novo a promover os produtos portugueses. Se calhar viram o artigo do expresso.
É uma vergonha o que se faz aos produtores portugueses.
Faço uma pergunta: com 90% do mercado do retalho e distribuição não seria vantajoso venderem só produtos portugueses, vendendo só produtos estrangeiros quando não houvesse alternativa. Mesmo que fossem um pouco mais caros, contribuiriam para haver mais riqueza e mais emprego logo existiriam mais clientes com capacidade financeira para voltarem a comprar.
E este princípio não se poderia aplicar a outras áreas?
Como exemplo lembro-me sempre de um empresário italiano que tem uma fábrica de massas. Há cerca de 3 anos quando todos cortavam investimentos e despesas, ele transferiu parte dos lucros da actividade para aumentos substanciais de ordenados dos empregados. Perguntaram-lhe se não seria demasiado ambicioso e ele explicou porque não era: " Se aumentar os empregados (milhares de empregados)eles e as famílias vão consumir mais e acima de tudo vão divulgar e defender a marca logo aumentarei significativamente a facturação. Este tipo de raciocínio, apesar de primário, sendo estruturado pderia ser replicado para a nossa agricultura, pesca, mar, turismo etc.
Se alguém alguma vez pensou que é nestes dois conglomerados que a produção nacional tem uma saída favorável para a sua produção anda distraído.
Por exemplo, o leite nacional é apresentado ao lado do leite de chamada "marca branca" a metade do preço, assim como muitos outros produtos.
Quando os produtores tiverem uma organização capaz de pôr no mercado as suas produções nas condições de qualidade/preço sem estar sujeitos à competitividade desleal do "pingo doce"/"continente", veremos se eles cantam de galo.
Alguém pode garantir, p. ex., a boa qualidade de um leite "pingo doce" que não se sabe de onde veio?
Olha acordaram por onde andaram os Abrantes?
Distraídos certamente a gozar as probendas do poder.
A União Nacional dos Tachos no seu melhor.
Há muitos anos que os lacticínios das Marinhas nos vêm dando manteigas e queijos vários com qualidade acima da média.
Admito que o sensível palato do anónimo das 12:54 não esteja habituado a estes sabores, pois, pelos vistos, é consumidor habitual de sabão azul, cujo paladar identifica rapidamente, e talvez por isso não consiga distinguir o gosto das duas variedades de manteiga que a fábrica produz.
É capaz de ser, de beber tanta laranjada !
Não me admirava nada !
cá me queria parecer que era preciso tirar um curso para educar o paladar de forma a apreciar a manteiga das marinhas e distinguir variedades com e sem sal.
O comercio na mao de dois capitalistas monopolistas tem um grande inconveniente para o produtor: só têm duas entidades a quem vender.Esta triste realidade leva ao esmagamento dos preços,que muitas das vezes não se refletem no consumidor. o Jojoratazana acha que acordamos agora para as criticas à politica do Belmiro e monsieur Pingo doce.
Deixei de comprar no pingo e no contenente,pronto!
Foi por esta e mais algumas que o Lula correu com eles. Coragem que faltou de facto a José Sócrates.
Miguel Abrantes, por acaso não terá para aí uma ratoeira? É que esse bicho infecto que se apelida de ratazana resolveu aparecer agora por aqui. E ainda por cima o bicho, além de chato e infecto, é vermelhusco.
Estou de acordo com o Teófilo.
Vamos apoiar esta empresa. Merece que compremos os seus produtos
Faltou dizer que a patroa da empresa paga o salário mínimo às trabalhadoras. Deu numa reportagem, há tempos, na SIC, sobre a fábrica, em que as empregadas foram entrevistadas, tal como a patroa, que se deixou entrevistar de colar de pérolas ao pescoço. Manteiga boa, cujos lucros são para repartir pelo pescoço, pelos pulsos, pelos dedos e toda a anatomia que aceite jóias. Com lata, depois queixam-se dos "poderosos" que lhe querem esmagar a margem de lucro. Coitadita...
Não foi o Partido Socialista que nos colocou na União Europeia que esmagou a produção nacional?
O Sr.Anónimo deve de trabalhar para um destes grandes grupos certamente. Não conhece concerteza a realidade que é negociar com estes gigantes. Que de um momento para o outro reduzem as margens a zero quando não acabam por ser negativas. Sabia que estes grupos pagam aos fornecedores a uma média de 4 meses???, sabia que o mega pic-nic foi única e exclusivamente subsidiado pelos fornecedores, sabia que estes grupos exigem aos fornecedores valores para quebras referentes a roubos e extravios de material, recebendo dos seguros as respectivas indeminizações, sabia que qq fornecedor que queira colocar material nestes dois gigantes tem de fornecer as primeiras vezes de borla e depois logo se vê se o produto roda, sabia que todos os folhetos que recebe em casa são pagos pelos fornecedores a preços astronómicos, entre outras situações que levam a que a que as margens de negociação sejam quase nulas. Por isso a Srª Berta tem de pagar salários tão baixos quanto ao colar se calhar eram pérolas de imitação pois não tinha dinheiro para pagar verdadeiras.
O que é certo é que ainda não vimos nenhum destes senhores a dizer que iam abdicar dos seus lucros para o bem de Portugal.Lema destas empresas esmagar os pequenos para depois praticarem os preços que quiserem. Por cada empregado Grande Distribuição o comércio tradicional tinha de ter 2 funcionários.
em vez de mandaram bocas era bom quem comprassem um pacote de manteiga da dona berta, ficavam a saber quanto custa, ao que sabe e ajudavam no leasing da majorica
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