- ‘(…) Ora o que se assistiu na semana passada foi a um forte ataque à credibilidade da situação das contas públicas portuguesas. E feita pelos próprios responsáveis do País. A propósito da publicação dos dados das contas trimestrais por sectores institucionais relativos ao primeiro trimestre do ano corrente foi feita uma grande campanha sobre a existência de uma pretensa derrapagem na execução orçamental. Essa pretensa derrapagem foi aliás utilizada como justificação para, em particular, a criação da nova contribuição extraordinária anunciada aquando da discussão do Programa de Governo. Não é objecto deste texto analisar se há ou não derrapagem da execução orçamental. E até é fácil perceber a racionalidade subjacente à tentativa de tentar justificar com uma eventual situação pior do que esperado das finanças públicas as medidas impopulares que se entendeu tomar. Mas continuar a minar a credibilidade das contas públicas tem custos. Custos esses que devem ser ponderados quando algumas afirmações são feitas. Ponderação essa que parece não ter sido levada a cabo.
E é neste quadro que algumas reacções causam alguma incredulidade. Muitos reagiram à alteração de notação considerando-a injusta por a mesma não ter levado em conta não só a existência agora de um Governo credível como também as últimas medidas tomadas pelo Governo. Ora sinceramente o que toda a campanha sobre a situação das contas públicas e o anúncio da nova medida fizeram foi aumentar a incerteza e adensar as suspeitas sobre a capacidade de Portugal atingir os objectivos a que se propôs. Por um lado criando incerteza sobre a real situação das finanças públicas. Por outro porque referindo-se uma eventual derrapagem de cerca de 2000 milhões de euros o Governo não foi capaz de fazer mais do que anunciar uma medida (note-se, não se tomaram medidas, anunciaram-se e com contornos ainda incertos) cujo impacto ele próprio avaliou em 800 milhões de euros, ou seja, deixando a descoberto uma derrapagem de 1200 milhões de euros. Sinceramente esperava melhor. (…)’
2 comentários :
É a nossa "sina"...não divina...real, concreta, quando a direita saudosista chega ao poder engolem o poder... com avidez tal que acabam engasgados, aí chega o PS, dá uma pancada nas costas, vomitam um cheiro nauseabundo, que necessitam de um pousio longo, para que o alimento...seja posto em ordem e rigor. É a nossa sina.
Esperava melhor?
Esta canalha n vale nada. Não estão lá no poder para defender os interesses do país. Estão para se safarem e aos grandes grupos economicos.
Para derrubarem o Socrates usarama mentira sem cuidares do país. Foi assim e assim continuarão.
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