- ‘(…) O Expresso do último sábado noticia que o Governo pediu ao SIS informações sobre Bernardo Bairrão, um executivo que foi convidado e desconvidado por Pedro Passos Coelho para secretário de Estado. O Governo nega, o Expresso mantém a história.
Não sei — nem quero saber — pormenores sobre Bernardo Bairrão. Sei que isto tem de ser tirado a limpo. Sei que esta história é seriíssima e tem de ser levada às últimas consequências. Sei que o Parlamento não pode ficar quieto e tem de chamar o SIS, e o gabinete do primeiro-ministro, a responderem por isto.
Ninguém nega que um primeiro-ministro pode querer verificar o passado de um possível governante, em particular os seus conflitos de interesse (às vezes parecem nomeá-los pelos seus conflitos de interesse, que de resto são visíveis a olho nu). Mas tem de o fazer legalmente.
A boa notícia, achávamos nós, é que Portugal não é a Bielorrússia. Aqui não basta levantar um telefone para pôr os serviços secretos a investigar um cidadão sobre o qual não há acusações. Temos de saber se assim continua a ser — ou não. Quando os serviços secretos servem para investigar cidadãos individuais a pedido do poder político é a própria democracia que está em causa. Isto não é um assunto ligeiro.’
2 comentários :
É preocupante...estamos no tempo da PIDE ao mais alto nível do Rosa Casaco.
Valha-me Deus... se isto chega ás fogueiras da praça do comercio...já lá teve um... que foi oficial do Hitler e que hoje... é PAPA dos catolicos apostolicos romanos..pouca vergonha à medida do Anibal e os elefantes - nesse tempo um funcionario publico era obrigado a pertencer à Legião Portuguesa...davão-lhe um espigarda de madeira como simbolo da autoridade...é do tempo do Aníbal, para se imagine o que áí vai
Também achei minimamente curioso um elemento do SIS vir negar ter feito a suposta investigação a Bernardo Bairrão por "ser ilegal"...
Isto é uma tragicomédia... ou parece...
Quantas ilegalidades não se cometem (e cometeram) todos os dias?
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