sábado, julho 02, 2011

Programa do Governo na área da solidariedade social: tomem lá um ‘kit de sobrevivência’





• Pedro Adão e Silva, UM GIGANTESCO BANCO ALIMENTAR [hoje no Expresso]:
    (…) Ao longo do programa [do Governo] é sugerido que as políticas públicas de solidariedade social se transformem num gigantesco banco alimentar. Há nisto um enorme equívoco. Uma coisa são iniciativas muito meritórias da sociedade civil, mas naturalmente parcelares, outra é as políticas públicas assentarem numa lógica discricionária que emula princípios desadequados às respostas do Estado. No fundo, trata-se da diferença entre assistencialismo privado e direitos sociais públicos. (…) Apesar de a ideia de pagar prestações sociais em vales ter desaparecido, a substituição de pagamentos em espécie por géneros mantém-se presente. Numa frase que faz recuar as políticas públicas portuguesas quatro décadas, é estabelecida uma hierarquia dos bens a distribuir aos pobres, uma espécie de ‘kit de sobrevivência’: “são prioritários, em termos de entrega às famílias, os seguintes itens: alimentação, vestuário e medicamento”. (…) Nas sociedades democráticas, o dinheiro é também um mecanismo de integração social e não ter um mínimo de recursos materiais uma forma brutal de privação de liberdade. Negar o acesso ao dinheiro a um conjunto de cidadãos apenas aprofunda os mecanismos de segregação associados à pobreza. Igualmente chocante é o exercício de novilíngua que dá pelo nome de ‘tributo solidário’. A ideia parece sugestiva, mas é perversa: os beneficiários de prestações sociais devem ser chamados a cumprir trabalho a favor da comunidade. Este princípio, para além de nos reenviar para uma visão punitiva do trabalho, (...) encontra eco, pelo menos, nas ‘workhouses’ dickensianas (…). Depois, num contexto de depressão profunda do mercado de trabalho, a transformação dos beneficiários de prestações sociais num novo ‘exército industrial de reserva’ só servirá para colocar pressão adicional sobre os trabalhadores pouco qualificados e de baixos salários – os que estão na iminência de cair na armadilha de pobreza. (…)

5 comentários :

kamarada Spartakus disse...

Participem no grande hit que vai mudar Portugal:

http://blaguedeesquerda.blogspot.com/2011/07/brevemente-num-ecra-perto-de-si.html

tempus fugit à pressa disse...

TÁ burnito....e porque não?

e eutanásia para reincidentes?

2011 m. liepa 2 d.,šeštadienis
NA FALSA MEMÓRIA DAS PALAVRAS ENFORCA-SE A RAZÃO
ظة الثمن UM SUBSÍDIO PARA O AL ZHEIMER EM QUE NOS AFOGAMOS

SÓCRATES DIZIA QUE TINHAMOS UM ENSINO DE EXCELÊNCIA MUNDIAL

MAS VAI TIRAR UM CURSO EM PARIS

UNS GAJOS DIZIAM QUE IAM FAZER UMA REVOLUÇÃO

MAS O QUE QUERIAM É VIR ACAMPAR DE BORLA NO ROSSIO

E TENTAR BATER O RECORDE DE MERDA DOS POMBOS

UNS QUANTOS GAJOS QUE QUERIAM JULGAR BURLÕES E OUTROS FALSÁRIOS

COMEÇARAM A SUA CARREIRA A COPIAR PORQUE JÁ ESTAVAM HABITUADOS

E PARA TEREM ALGUMA EMPATIA COM OS GAJOS QUE IAM JULGAR

SE É FALSÁRIO OU BURLÃO E NÃO CHEGOU A JUIZ É OBVIAMENTE CULPADO

PELA MESMA ORDEM DE IDEIAS SE ANDA A ASSALTAR BANCOS E É ENGENHEIRO

resumindo Passos esqueceu-se de dizer a um gajo para não abandonar o trabalho antes de ver se o metia no governo

acontece

sócrates esqueceu-se de que o défice já ia nos 7,7%

sempre foi mau a fazer contas
no tempo dele ainda não havia este
ensino de excelência

e os melhores cursos de filosofia do mundo que aparentemente estão tão cheios de estudantes estrangeiros

que quem quer estudar filosofia
tem d'ir a Paris

MFerrer disse...

Não se devem dar subsídios aos pobres!
Isso é uma coisa há muito sabida.
Os pobres não se sabem governar.
Até o deinheiro se lhes acaba dia 8 ou no máximo, dia 10 de cada mês!
Até, dizem, bebem vinho e cerveja,os desregrados! Agora com um bom regime alimentar até podem baixar o colesterol...
Só mentes muito retorcidas e mal-dizentes é que não entendem isto!

tempus fugit à pressa disse...

subsidiar por subsidiar quem apenas quer ser subsidiado mas fica alienado da restante sociedade

nem por isso fica mais rico

nem mais contente
dar de menos ao dar demais por vezes também é problemático

é verdade que o fosso entre os políticos e os pobres é muito grande

mas estão tão distantes uns dos outros que nem se ouvem

nem reparam uns nos outros

eia telejornal cavaquista

não é uma fatalidade

é a possibilidade de melhores dias chegarem no futuro


assim sim em vez de subsídios

alimentá-las de esperança

engorda menos

mas mantem o popularucho e os reformados xéxé mai in linha

Anónimo disse...

Muito bem, esse é o caminho.
Criar miséria e depois dar-lhes o suficiente para não morrerem.
Pedro és o meu herói.