- ‘Nesta como noutras questões, é difícil perceber com exactidão onde começam os nossos problemas e acabam os que resultam da crise internacional. É evidente que Portugal tem problemas estruturais que têm sempre de ser atacados, com ou sem crise internacional. Mas do ponto de vista político, nunca como hoje se viu com tanta clareza que o que se passa em Bruxelas, em Berlim, ou em Atenas tem um impacto fundamental sobre a vida dos portugueses.
O anterior Governo foi pois atacado por estar a faltar à verdade aos portugueses. Por negar problemas reais da economia portuguesa, escondendo-se por detrás da desculpa da crise internacional. Mas este Governo também pode ser acusado de não falar verdade aos portugueses, pois os cenários onde está a construir a recuperação da economia são inverosímeis. Isso é grave, por várias razões. Primeiro, porque põe em causa os frutos do esforço que está a ser exigido aos portugueses - caso esteja a ser pensado em cima de contextos errados. Depois porque descredibiliza o discurso do Governo perante o eleitorado que sabe o que se passa a nível europeu (isto é, toda a gente). E finalmente, e talvez mais importante, anula o papel que Portugal poderia ter em pressionar a UE para uma resolução europeia da crise.’
1 comentário :
Sócrates tinha capacidade para desempenhar essa função mas o Pedro, coitado,não tem qualquer hipótese. Há bem pouco tempo , vimos Sócrates a ser chamado à Sra.Merkel e ao amigo Zapatero,antes da visita do Pedro. Óbviamente que não foi pelos 'good looks' de Sócrates.
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